A Dama Cisne Partida romance Capítulo 438

Portanto, aquilo também era uma indireta para Joarez, sentado no banco de trás. Fique atento: se quiser cortejar a irmã dele, tudo bem, mas a partir do momento em que ela aceitar ficar com você, não ouse decepcioná-la. Caso contrário, ele não reconheceria laço algum!

Essa conversa terminou no carro. Ao chegarem em casa, a véspera de Natal começou oficialmente, e os assuntos desagradáveis foram deixados de lado.

A atmosfera natalina na casa da tia era ainda mais intensa.

Giselle não via a avó há muitos dias. Tinha nevado constantemente, seu irmão havia voltado ao país por um tempo, e não era conveniente para ela sair. Agora, ao ver a pele da avó, branca com um tom rosado, um pouco mais cheinha do que quando chegou e com o rosto mais preenchido, ela não cabia em si de felicidade.

Joarez, que vinha logo atrás, foi notado, e tanto a tia quanto a avó o receberam calorosamente.

Por ser Natal, a tia havia dispensado todos os empregados. Por isso, estava preparando a ceia de Natal sozinha, o que, para ser honesta, era um grande desafio para ela.

Antigamente, eles comemoravam em família, e cozinhar um grande banquete nunca foi uma preocupação para a tia. Depois, quando eram apenas ela e Santiago, a ceia era algo simples. Mas hoje, com a avó, Giselle e ainda por cima um convidado, a tia de repente sentiu a pressão.

"Tia, precisa de ajuda com alguma coisa?" Joarez perguntou, oferecendo-se.

"Você?" Ela realmente precisava de ajuda, mas olhou para ele com desconfiança.

"Eu consigo! Se não acredita, pode perguntar para a Giselle!" Joarez arregaçou as mangas.

Giselle não se fez de rogada. "Deixe ele ir. Ele realmente sabe cozinhar."

E assim, na cozinha, a tia originalmente planejava que Joarez fosse apenas um ajudante, e até chamou Santiago para ajudar também. Ela achava que a refeição mais farta do ano precisava de pelo menos dois assistentes.

No final, a tia foi "excluída" da cozinha e, pouco depois, Santiago também foi "expulso".

"Ele disse que eu estava atrapalhando!" Santiago riu.

Ele não se importava nem um pouco em testar o rapaz.

O resultado foi que, em uma tarde, Joarez preparou uma mesa farta.

Incluindo as sobremesas.

E havia uma variedade de pratos, tanto da culinária brasileira quanto da internacional.

Para a surpresa de todos, ele havia feito até mesmo delicados pastéis de camarão com catupiry, montados na hora.

A tia ficou boquiaberta. "Joarez, por acaso sua família trabalha no ramo de restaurantes?"

Joarez sorriu, um pouco sem graça. "Não, tia. Eu só gosto de cozinhar."

"Isso... Santiago, acho que não como uma ceia tão farta há décadas!" exclamou a tia, maravilhada.

As coisas melhoravam um pouco quando iam à casa da avó, mas sua timidez e sua distração estavam sempre presentes.

Como poderia se comparar à noite de hoje?

Sua família estava sentada em uma sala de jantar ampla e iluminada, com a lareira e o aquecimento no máximo. Uma tigela de sopa quente era o suficiente para aquecer o corpo até suar um pouco!

O sorriso no rosto de cada um era de pura felicidade, exatamente como nos comerciais de TV!

Eram apenas cinco pessoas, mas a noite inteira foi preenchida por risos e alegria.

Joarez, com sua personalidade extrovertida, rapidamente se integrou à conversa de todos, contando histórias engraçadas de vez em quando. A avó não parou de rir a noite toda.

Isso era o suficiente.

Giselle disse a si mesma que a definição de felicidade, naquele momento, finalmente se tornara concreta.

Naquela noite, depois da ceia, ninguém quis se dispersar para descansar, e todos continuaram conversando ao redor da lareira.

Lá fora, a neve voltara a cair pesadamente, e era possível ouvir seu farfalhar suave. Dentro, porém, o ambiente era quente como a primavera, com a lenha na lareira crepitando. Giselle, apoiada no colo da avó, levemente embriagada, tinha Joarez à sua frente, que, em um momento de inspiração, foi tocar uma música no piano.

Giselle adormeceu ao som do piano, ali mesmo, no colo da avó, com um sorriso nos lábios até mesmo em seus sonhos.