A Dama Cisne Partida romance Capítulo 446

Roberto estava inconsciente e não podia mais responder.

Os paramédicos o colocaram na ambulância, e Kevin subiu com eles.

A senhora negra não parava de exclamar "meu Deus" até que a ambulância partiu e não se ouvia mais nada.

Reanimação, entrada na UTI.

Um dia inteiro.

Quando Kevin voltou, já era noite.

O médico disse que a situação não era boa e que a família deveria se preparar.

Ele não tinha nada para preparar. Seu pai já havia arranjado tudo. Tê-lo chamado para vir talvez fosse apenas para que ele fosse uma testemunha: Roberto Anjos esteve aqui e partiu.

Ele dissera que, em vida, agiria como se não tivesse pai, mas que, na morte de Roberto, viria para o funeral, como um encerramento para essa relação pai-filho que tanto odiava.

À noite, na casa de seu pai, ele comeu um pedaço de pão, que desceu com dificuldade. Engoliu com um pouco de água e parou de comer.

A casa, embora com o aquecimento no máximo, parecia estranhamente fria e assustadora.

No dia seguinte, antes do horário de visitas, o hospital ligou para informar que seu pai havia falecido.

Ele não sentiu tristeza.

Estava ali há tanto tempo esperando por aquele dia. Mas, estranhamente, pareceu tão rápido...

O funeral também foi simples. Sem cerimônia, cremação direta, as cinzas foram enterradas. Na lápide, nem sequer o nome foi gravado. Conforme o desejo de seu pai, foi gravada uma frase: "Um homem sem alma."

No dia seguinte, o advogado de seu pai o visitou. Seu pai deixara um testamento e uma carta escrita à mão para ele.

"Meu filho, Kevin:"

"Sei que você odeia quando te chamo assim, mas você sabe que seu pai é teimoso. Perdoe-me por, pela última vez, teimosamente chamá-lo de meu filho."

Ele também se perguntou: o que faria no futuro?

Enviou uma mensagem para Saulo: "Ele se foi. Voltarei para o país imediatamente."

Saulo respondeu rapidamente: "Meus pêsames."

Que pêsames? Ele não estava de luto!

Saulo perguntou novamente: "Kevin, o ano novo está chegando. O que faremos?"

Saulo também lhe perguntava o que fazer...

[Saulo, se você realmente voltar para vender chá, você ficaria satisfeito?]

Ele enviou a mensagem.

Saulo demorou um pouco para responder: "Para mim, tanto faz. Eu sei meu lugar, nunca fui nenhum gênio dos negócios. Se não fosse por você me puxando, eu seria apenas um trabalhador comum. Eu só me preocupo com você. Sem a empresa, o que você vai fazer?"