Ela fechou os olhos, como se fosse adormecer. "Uhum, eu sei."
Ela já tinha bloqueado a Thais, então não importava mais o que ela enviasse, não veria nada.
"O que houve? Vai dormir já hoje?" Ele franziu a testa. "Está se sentindo mal? Deixa eu ver."
Ele se inclinou para ver o rosto dela. "Não está chorando escondido, né?"
Impossível!
"Levanta, deixa eu ver." Ele passou os braços por baixo da cintura dela e a levantou no colo.
Ela abriu os olhos. Ele viu que os olhos dela estavam secos, sem lágrimas, nem mesmo avermelhados como antes. Apenas um olhar distante, como se houvesse uma névoa entre eles.
"É sono de verdade?" Ele a colocou de volta na cama. "Então pode dormir…"
Depois de cobri-la com o edredom, ele olhou para os olhos fechados dela, hesitou e acabou dizendo: "Giselle, amanhã eu vou viajar a trabalho."
Viajar a trabalho!
Ela abriu os olhos imediatamente. Isso não queria dizer que ela poderia ir escondida ao centro da cidade para registrar a biometria sem que ele soubesse?
Animada, ela se sentou na cama, os olhos brilhando. "Vai ficar quantos dias?"
"Uns três, quatro dias, talvez uma semana se demorar." Ele franziu ainda mais a testa, achando a reação dela exagerada. O que isso queria dizer?
Então ela realmente poderia ir!
"N-nada, com quem você vai?" Ela perguntou distraída, mal conseguindo esconder a alegria.
Ele ficou ainda mais hesitante. "Com… Eduardo…" Fez uma pausa antes de continuar: "Talvez com a Thais também."
"Ah." Ela deitou de novo. "Tá bom, me avisa antes de voltar que eu peço para a Dona Valeria preparar a comida."
Ela achou que ele arrumaria as malas sozinho, mas ele insistiu em acordá-la.
"Tô com sono!" Ela deu um tapa na mão dele.
"Sra. Anjos," ele ficou ao lado da cama, arrastando as palavras, "você está cada vez mais relaxada, não cuida do meu café, não separa minha roupa, vou viajar a trabalho e nem minhas malas você arrumou?"
Giselle abriu os olhos. Tudo bem, então vai arrumar!
Ela foi até o closet, abriu a mala dele, separou roupas para uma semana e dobrou tudo direitinho. Os itens de higiene também foram organizados em nécessaires antes de colocar na mala. Por fim, ela arrastou a mala até o quarto, abriu a gaveta e pegou uma caixa de preservativos para colocar dentro.
Mas, assim que colocou a caixa na mala, o braço dela foi segurado.
"De onde você tirou isso?" Kevin apertou o braço dela e perguntou, tenso.
Na verdade, aquilo já estava ali desde que se casaram. Foi ela quem comprou. Naquela época, ela ainda não tinha certeza se queria ter filhos com Kevin. Logo depois do casamento, ela sentia que ainda não havia uma base de sentimento entre eles, então achava melhor não terem filhos por enquanto.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Dama Cisne Partida
Acho que Kevin morreu…...