A Diva Da Ciência: Do Divórcio À Ascensão Estelar romance Capítulo 3

"Mas eu quero a guarda do Patrick."

Patrick Henriques era o filho dela com Sílvio.-

Naquele tempo, Carla teve uma hemorragia grave após o parto, e só sobreviveu porque fizeram a retirada do útero; ela havia dado à luz, arriscando a própria vida, e agora queria levar o filho consigo.

Ao ouvir o pedido de Carla, Sílvio pareceu já esperar por aquilo.

Durante três anos, de todas as formas, direta ou indiretamente, ele insinuou e sugeriu mil vezes que ela pedisse o divórcio, e toda vez ela tinha uma desculpa.

Usar o filho como escudo? Era a primeira vez.

Sílvio sorriu com um significado profundo: "Não me oponho à guarda, desde que você consiga fazer com que ele queira ir com você de bom grado."

Assim que terminou de falar, todos deixaram o salão privativo.

Carla foi empurrada sem muita cerimônia por Sílvio para o banco de trás do seu Rolls-Royce.

No caminho, ela ouviu Sílvio ao telefone, pedindo que escolhessem para Noemi um apartamento luxuoso na região central de São Paulo, com vista privilegiada, além de uma corrente de diamantes de mais de oitocentos mil reais. Mesmo assim, ela permaneceu indiferente.

Quando chegaram à casa da Família Henriques, já eram sete horas da noite, e a babá brincava com Patrick na sala.

"Papai!"

Patrick correu alegremente para Sílvio, que acabava de tirar o paletó.

Ele se agachou e pegou o filho no colo; a camisa de algodão, elegante, tinha dois botões abertos, deixando à mostra a clavícula e um colar de ônix negro.

O olhar de Carla passou, sem querer, pelo colar de ônix; ela desviou o olhar, dolorida.

Na sua antiga casa, guardava um colar exatamente igual.

Em sua mente, ecoou a promessa de Sílvio de anos atrás: "Carla, este é um símbolo para você. Quando eu voltar ao país, vou te procurar."

Ele não foi procurá-la.

Quando foi ela quem tomou a iniciativa de procurá-lo, no coração dele já não havia mais espaço para ela.

Os olhos de Carla se entristeceram; afastou esses pensamentos, abriu o armário do hall de entrada e tirou o robô de blocos que levou mais de um mês para montar, forçando um sorriso ao entregá-lo a Patrick.

"Patrick, o Dia das Crianças está chegando. Este é o seu robô transformável favorito…"

De repente—

"Ah!"

Com um grito agudo, Patrick escorregou e caiu no chão.

Instintivamente, Carla correu até ele, aflita: "Patrick? Está tudo bem? Está doendo? Dói a mão ou o pé?"

Mas o rosto de Patrick se fechou, e ele, de repente, ergueu a mão.

Sem muita força, mas suficiente para empurrar Carla, que caiu para trás no chão.

Ele gritou com ela: "Sai daqui, empregada! Não chegue perto de mim!"

A palavra "empregada" atingiu Carla como uma flecha no ponto mais sensível do seu coração.

Durante todos esses anos, a Família Henriques dissera a Patrick: ela era a empregada da casa.

Carla ficou paralisada, ajoelhada no chão, sem conseguir se levantar.