A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo Capítulo 33

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Eu caminhava de um lado ao outro, meu coração acelerado.

Minhas mãos suando e o quarto embora fosse enorme parecia ficar menor a cada passo que eu dava, dias haviam se passado desde a noite do Cambiante, até onde eu sabia Dimitri e o Sr. Leon haviam partido em um resgate, para salvar o Sr. Sallow.

Lina me explicou sobre a guerra da Ordem secreta dos Minkovis, assassinos muito eficazes, não tive mais pressentimentos desde aquela noite, e John me evitava como se eu fosse o diabo.

A porta se abriu e Lina entrou.

- Ah! Lina!

- Senhora não é uma boa ideia. - falou ela.

Amanhã de manhã os anciões chegariam, e eu seria apresentada a eles, mas antes disso precisava ir ao templo, encontrar a sacerdotisa da qual Dimitri falou, seja o que fosse que estivesse acontecendo comigo não confiava que anciões que decretavam a morte de mulheres que eles julgavam ter poderes ardilosos pudessem me ajudar, eu precisava ver a sacerdotisa.

- Lina hoje é Lua Cheia, é a distração perfeita! - falei e caminhei até ela, eu estava muito agitada.

Ela suspirou e olhou para mim.

- Mas senhora, fugir no meio da lua cheia com vários lobos por aí não me parece inteligente...

- O que não é inteligente é ficar aqui, sentada sendo vigiada por toda a Alcateia, isso aqui está parecendo uma prisão, vejo os servos me seguirem para todo o lado Lina! John não confia em mim e nem sua Alcateia, eu os ajudei e agora pareço uma prisioneira aqui! Eu preciso entender o que está acontecendo comigo! - as palavras saíram rápido demais, eu estava nervosa e me sentei na cama com as mãos na cabeça me sentindo extremamente frustrada e perdida. Lina se sentou ao meu lado e colocou as mãos nos meus ombros.

- Senhora sei que está aflita, mas peça ao comandante permissão para ir ao templo, ele não negará isso para sua companheira. - sugeriu ela suavemente.

- E se o comandante ver isso como alguma forma de conspiração Lina? Vejo como me olham...

Ela me olhou e vi preocupação em seus olhos.

- Senhora sei que fui eu que pedi para que não fosse sincera, mas meu pedido foi por medo dos anciões, não exatamente do comandante.

- Mais uma razão para eu procurar essa sacerdotisa imediatamente, antes ser apresentada para esses anciões... Lina eu tenho tido sonhos...

Ela me encarou.

- Que sonhos minha senhora?

Eu respirei fundo, sentindo minha garganta ficar seca, então minhas mãos começaram a tremer, as lembranças dos sonhos girando em minha mente.

- Nos meus sonhos eu sou outra pessoa, completamente diferente, e tem um homem, um homem pelo qual eu grito desesperadamente... é como se ele tivesse me abandonado... e tem um bebê... - Não consegui completar a frase, porque o nó que se formara em minha garganta me impedia, minha voz tremia e tudo dentro de mim, queria chorar, se ajoelhar no chão e chorar, porque aquele bebê de olhos verdes e brilhantes morria em meu sonho, diante de mim, em parte de mim, morria com ele.

Lina pareceu entender meus sentimentos e me abraçou fortemente.

Fomos interrompidas por uma batida na porta, nós duas nos levantamos sobressaltadas.

- Helena?

Eu olhei para Lina, meu coração disparado, porque do outro lado da porta era a voz do comandante.

Eu limpei o rosto fazendo o possível para esconder que estava chorando, então respondi com a voz meio rouca:

- Entre.

Ele abriu a porta, e seu olhar de obsidiana vagou pelo quarto, como se tentasse adiar olhar para mim.

- Podemos conversar? - perguntou finalmente se rendendo e olhando para mim.

- Vou deixa-los sozinhos. - pronunciou Lina e se retirou.

O comandante me encarou então trancou a porta, e meu coração saltou.

pelo quarto, lentamente e sua postura era segura e confiante, sem dizer uma palavras por

Então ele parou na janela, de costas para mim, eu olhei para seus ombros que pareciam tensos, ele suspirou e virou o rosto para me olhar.

- Você está bem Helena? Tem dormido?

Sua pergunta me pegou completamente desprevenida, eu não estava dormindo bem, será que ele estava ouvindo atrás da porta esse tempo todo?

Meu coração gelou ao pensar nessa possibilidade...

servos dizem que ouvem você gritar... a noite. - agora ele havia virado todo o corpo para mim, ele recostou as costas na janela e cruzou os braços sobre o peito forte, isso fez seus músculos ficarem ainda maiores, ele usava apenas uma blusa de linho fina, sem casaco, e suas calças eram de um tom escuro, suas botas estavam sujas de lama, e quando olhei para fora vi que chovia, talvez ele tivesse dado um passeio.

- Servos são assim mesmo, sempre inventando coisas. - menti.

Ele levantou uma sobrancelha e começou a diminuir a distância entre nós, seu olhar fixo nos meus, então desceram para meus lábios, eu também olhei para os seus, sua barba estava maior agora, e seus cabelos estavam uma bagunça, quando ele parou a centímetros de mim eu resistir ao desejo e de levar minhas mãos ao seu cabelo, tão macio, sedoso...

Eles não estão mentindo princesa.

Eu respirei fundo.

Sim, você deve estar certo comandante, nós dois sabemos que eu não costumo dormir quieta, se eu posso me levantar e vestir uma camisola gritar não parece tão

eu disse seu olhar mudou, foi como se pegassem fogo de repente, como se eu tivesse acendido algo

levantou sua mão, seus dedos tocaram minha pele tão gentilmente, subindo pelo meu braço, seu olhar prendendo completamente o meu, ele aproximou seu rosto do meu e seus lábios roçaram levemente nos meus, nossas respirações eram o único som que eu conseguia ouvir, porque quando estava perto dele o resto do mundo ficava silencioso, e o único som que ouvia vinha

Como pode um olhar seu me queimar por inteiro? - murmurou e havia dor em sua voz, uma dor que beirava

e senti a necessidade dele me queimando como se fosse o próprio

inclinou seu rosto e beijou suavemente meu pescoço, seus braços me puxaram para si, me envolvendo e meu corpo cedia a cada beijo suave dele, eu pude sentir seu membro rígido me pressionando, um gemido escapou dos meus lábios quando sua mão subiu pela minha coxa, entrando dentro do

- John...

Como posso fugir disso Helena? Quando cada parte do meu corpo implora por você... - sussurrou contra meus lábios, então seus dedos encontraram o lugar onde eu mais os

fuja.- sussurrei e levei minhas mãos para seu pescoço e subi para seus cabelos, macios. - Eu anseio por seu toque, todas as noites

disse isso eu vi dor em seus olhos, e devagar ele tirou suas mãos de mim, e