Eu estava ainda na mira daquele olhar negro e intenso, eu não sabia dizer se o comandante John Chase conseguia ver em meus olhos na meia luz do quarto o horror e a vergonha que agora povoava meus pensamentos e coração, e se ele sabia, o que isso causava nele?
Ele respirou fundo.
— Não sabe o que dizer princesa? — perguntou Chase.
Eu suspirei diante do inevitável.
— Como posso olhar em seus olhos sem ver o sangue que derramou?
— E por quem eu derramei esse sangue? — perguntou o comandante.
Sua pergunta era completamente injusta, não pedi para que ninguém lutasse pela minha mão.
— Como você ousa tentar colocar esse sangue em minhas mãos? O senhor matou por poder! — esbravejei para ele.
De súbito suas mãos me empurraram de costas para a cama seu peso me esmagou sobre ela, eu arfei tentando respirar, então sua boca reivindicou a minha novamente, desta vez com mais agressividade, suas mãos foram para dentro do meu vestido e isso arrancou um grito horrorizado meu, ele faria aquilo mesmo?
Eu tentei resistir tentando virar o rosto para longe de seu beijo, ele simplesmente guiou seus lábios para a pele desprotegida do meu pescoço, meu coração batia descompassado diante do que iria acontecer, e eu não tinha nenhum poder sobre aquilo.
Suas mãos subiram pela pele nua da minha coxa, seus dedos se fechando sobre minha pele com demasiada força, ele arfou em meu pescoço quando seus dedos se deparam com meu sexo, meu corpo todo ficou rígido sobre seu toque.
Eu não conseguia falar nem me mover diante da força esmagadora de seu corpo sobre o meu, quando percebi estava tremendo.
De repente o comandante parou e retirou suas mãos do interior do meu vestido, lentamente me olhou nos olhos e o que vi em seus olhos me assustou.
Não parecia ele.
Seus olhos estavam brilhando em um um tom azulado intenso, ele virou o rosto e fechou os olhos, respirou fundo e quando os abriu eles estavam negros como a noite, então se ergueu se sentando na cama, por alguns segundos eu permaneci deitada ainda paralisada com sua atitude de antes.
Eu pensei que ele fosse dizer algo, mas ele não disse apenas se levantou e caminhou até um pequeno sofá, eu me sentei e o vi se acomodar nele, com um ultimo olhar na minha direção ele fechou os olhos e ficou imóvel.
Eu fiquei por vários minutos olhando para seu corpo relaxado no sofá imaginando se ele realmente estava dormindo, até que eu mesma me deitei ainda com o olhar sobre ele, então em um certo momento enquanto observava cada detalhe de seu rosto ele murmurou:
— Pare de me olhar assim, ou farei valer meu direito de marido.
Eu congelei.
Então ele estava acordado, mas tinha desistido de forçar algo essa noite... Por que?
Quando ouvi suas palavras rapidamente fechei os olhos e aos poucos eu me deixei envolver pelo sono.
Quando acordei alguém estava batendo na porta de modo insistente, ao abrir os olhos olhei ao redor do quarto.
Eu estava sozinha.
— Entrem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Escolhida Do Alfa Ilha do Corvo
Gostei bastante do estilo da sua escrita, aguardando os próximos capítulos...
Maravilhosa série espero por mais capítulos...