“Depende.” Ela parou, “Onde está minha faca?” A faca tinha sido um presente de Cone. Uma lembrança constante do que ele a fez se tornar.
“Guardada...” Danika se sentiu melhor depois daquela onda de agonia ter passado. Então, ela saiu de perto da porta e continuou para dentro do quarto.
Vetta ficou muito surpresa quando ela andou em sua direção e se colocou na cama ao seu lado.
“Uhm, o que você acha que está fazendo?” Vetta a questionou, estupefata. Aquela mulher estava sentada muito perto dela.
“Eu preciso descansar… meus pés. Eles estão doendo demais.”
Vetta olhou para os pés dela. Seu enorme traje elegante cobria os pés dela, impedindo-a de ver qualquer coisa. Não que ela realmente quisesse ver algo.
“Se seus pés doem, isso é problema seu. Dê-me minha fica, deixe-me sair daqui.” Virando sua cabeça, ela poupou Danika de lhe encarar, “Primeiro eu vou para o campo de batalha. Talvez eu volte mais tarde.”
“Para me matar?” Rainha Danika bufou, “Talvez você tenha chance se eu não morrer... com essa dor... primeiro.” Ela chorava com dores em suas costas. Parecia que suas costas estavam sendo pisoteadas por cavalos.
Vetta arqueou suas sobrancelhas. Ela olhou para a mulher novamente.
“Você deveria estar sozinha? Os homens estão no campo de batalha, isso eu entendo. Mas e as mulheres que te seguem como se fossem um rebanho de cabras?” Ela perguntou levianamente.
Uma risada assustada brotou da garganta da rainha Danika a fazendo esquecer da dor por um segundo. “Não existe... rebanho de cabras. Apenas de ovelhas. Rebanho de ovelhas.”
Vetta deu de ombros. “Você saberia, não é? Afinal, você é uma ovelha que sabe falar.”
“Não faz diferença… Nós duas somos seres humanos.” Danika bateu em seu ombro diversas vezes tentando alcançar suas costas doloridas.
“Não. Você é realeza; a filha do grande monstro Cone. E eu sou uma escrava; um produto criado pelo grande monstro Cone.” Ela mostrou alguns dentes para Danika, “Poético, não acha?”
Mesmo com suas próprias dores, Danika pôde perceber os olhos rígidos de dores da amante. Então, ela parou de acertar suas costas e esticou sua mão, tomando a mão de Vetta entre as suas.
“Você é a única que se... vê assim. Para o mundo, você no máximo foi uma amante... de um homem poderoso em Salém. E agora? Você é uma querida amiga do homem mais poderoso... de Salém.”
Vetta encarava as mãos delas juntas. Uma risada histérica emanou de sua garganta, “Eu nada sou além de uma mulher que perdeu tudo.”
Danika abriu sua boca para falar outra coisa, mas Vetta puxou sua mão para fora do toque dela.
Ela se levantou da cama, “Apena peguei e me devolva minha faca, está certo? Me poupe dos sermões.”
Rainha Danika se levantou da cama. Andando firmemente, ela chegou ao guarda-roupas, o abriu, e pegou a faca de onde ela a guardava. Então, ela andou de volta até Vetta e a devolveu.
Ela pegou sua faca. Então, cruzou seus braços, “Você não está com medo de que eu te fure com ela?”
“Não, não estou. Não mais.” Danika não se importou com aquela ameaça.
Vetta abriu sua boca para falar alguma coisa, mas Danika começou a chorar.
Estava doendo ainda mais dessa vez, a rainha agarrou sua cintura com as duas mãos e gritou.
Naquele momento, sua porta foi escancarada. Coza invadiu o quarto, segundo firmemente uma espada ensanguentada.
Os olhos de Vetta se abriram completamente ao vê-lo. Ela não falou nada.
Por outro lado Coza sorriu ao ver aquela cena em sua frente. Vetta em pé com uma faca na frente da rainha.
“Ora, ora, você deveria ter me contado que iria cumprir sua missão hoje.” O sorriso se alargou em seu rosto e ele olhou para ela, “Eu não teria me dado o trabalho de atacar!”
“Como eu te disse antes, eu vou saborear minha vingança na hora que eu achar certa. Não quando você escolher.” Ela retrucou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Escrava Odiada do Rei Alfa
Oi quero saber se já é o final ?...
Está faltando do capítulo 20 ao 87...