Amélia
O corpo dela estremecia ao toque daquele monstro. Amélia queria reagir, queria cuspir na cara dele e socar seus testículos. Mas a vida de Ícaro estava em perigo e ela não se perdoaria se ele morresse.
Deitava de costas sobre o colchão, ela permanecia inerte enquanto aquele demônio explorava seu corpo por cima da roupa. Seus olhos estavam fixos no teto e ela tentava pensar em boas lembranças para escapar desse momento abominável.
O sorriso de Ícaro se materializou em seus pensamentos, como um amuleto que espantava todo mal. Ela só queria esquecer que Fernando beijava seus ombros, seu pescoço e seu colo, expondo cada vez mais a sua pele de seus seios.
As mãos dele agarraram suas coxas impiedosamente, subindo seu vestido. As pernas dele se intrometiam entre as dela, forçando ao toque ainda mais íntimo e obsceno.
As lágrimas brotaram de seus olhos, e ela permitiu que rolassem livremente.
- Eu prefiro morrer do que ser tocada por você desse jeito. – ela disse friamente. – Vamos lá, faça o que você faz de melhor. Porque eu nunca vou te desejar, nunca vou me entregar como eu fiz com ele.
Ela sabia que essa provocação era infalível. Então quando o tap@ cortou o seu rosto, causando um silvo em seu ouvido esquerdo, Amélia ficou feliz em perceber que havia algo que podia fazer para evitar esse ato odioso.
- Como você pode dizer algo tão vulgar? – ele sibilou irritado.
As mãos de Fernando pressionaram sua traqueia com força e o ar foi suprimido inexoravelmente. Seus cabelos foram agarrados e sua cabeça sacudida várias vezes pelos socos que ele desferiu em sua raiva bestial.
Amélia perdeu a consciência.
O marasmo de dor e medo desapareceu, era como se ela estivesse flutuando em uma nuvem fofa de algodão. Podia ouvir alguém chamando ao longe, mas ela não entendia o que estavam dizendo e nem de quem era a voz.
Quando seus olhos se abriram novamente, Fernando não estava mais por perto. O silêncio estranho reinava na atmosfera do quarto. A luz do dia se infiltrava pela janela.
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