Seis anos depois...
- Por que a cara daquela moça é tão colorida? – a pergunta atrevida e descarada partiu de Maya.
Amélia tapou sua boca, fechando a cara para a filha de língua afiada.
- Essa criança não tinha como se parecer mais com o pai dela?!
Amélia reclamou com Ícaro que havia acabado de chegar. Ela pediu aos céus que a mulher que transitava próximo ao seu estande não tivesse ouvido o comentário de sua filha.
Vestida de fada da floresta, seu personagem de hoje, Maya saltitava ao redor do pai e do irmãozinho de dois anos que segurava a mão de Ícaro.
- Como foi a soneca, meu amor? – Amélia perguntou se dirigindo ao seu filho mais novo, com um sorriso carinhoso.
Thay é um garotinho doce e amável, com seus cabelos castanhos claros como os de Ícaro, mas os olhos verdes como os dela e de seu avô, Aurélio.
- Colo mamãe... – ele disse com sua vozinha infantil.
Maya grudou no pescoço dela enciumada, fazendo Amélia olhar para Ícaro com uma expressão de: “Por que essa criança tinha que ser a tua cópia em tudo?!”
Ele sorriu charmoso, e pegou Thay no colo com um braço e Maya no outro.
- A entrevista da mamãe já vai começar. Vamos procurar o vovô, que não vê a hora de pegar esses monstrinhos e levar para casa.
- Ebaaa o vovô! – gritou alegre, Maya com um sorriso delicado como uma boneca de porcelana.
Thay soltou gritinhos de felicidade. Eles adoravam ir para a casa do avô, que obviamente os estragava fazendo todos os gostos de ambos.
- Vou levá-los até o carro do seu pai e já volto.
- Tudo bem, amor.
Amélia se levantou arrumando o tailleur azul marinho que ela usava. Se aproximou do marido, e plantou um beijo estalado na bochecha de cada um de seus filhotinhos, e ficou olhando eles descerem as escadas em direção ao primeiro andar.
- Vamos repassar os últimos detalhes, Amélia?
Betânia, sua agente chamou segurando um dos exemplares de seu best-seller. Ela olhou para a longa mesa arrumada com o conteúdo promocional, os vários exemplares dispostos e sorriu para a mulher.
Pegou um deles e o autografou, deixando uma dedicatória emocionante. Guardou em sua bolsa e se reuniu com a equipe que a esperava.
Ícaro sempre pedia o primeiro exemplar de cada remessa como presente. E dessa vez não poderia ser diferente, nova remessa com o mesmo pedido de seu maravilhoso marido. E ela sempre fazia a mesma dedicatória.
“Para o meu heroi, o meu companheiro, meu melhor amigo. Com todo o meu amor, ao homem que me salvou.”
As câmeras sinalizaram a contagem e ela ajeitou sua postura, pronta para falar de seu terceiro filho. O livro que escreveu sobre sua vida, e que vinha inspirando um movimento de aceitação feminina de seus corpos e a liberação de padrões impostos que destroem a estabilidade emocional de muitas mulheres.
Seu livro era um grande sucesso na América Latina, e essa Bienal e a entrevista tinha como objetivo promover essa obra ao resto do mundo, alcançando mulheres que não tinham voz e não tinham apoio.
“O Caminho de Melissa” abordava o preconceito implícito na sociedade hipócrita moderna, mas também era uma crítica social ao descaso contínuo com as mulheres abusadas em seus lares e ambientes sociais.
Ela, Amélia Rockfeller Darius deixou de ser somente mais uma vítima, para se tornar a voz e a força motora de um movimento imparável.
FIM
Agradecimentos
Queridos leitores,
Minha imensa gratidão a cada um de vocês que embarcou nesta jornada, sentiu cada emoção de nossa querida Amélia e nosso inesquecível Ícaro. Sei que todos vocês viveram essa história junto comigo. Suas leituras, reflexões e carinho dão vida a essas páginas!
Mas essa não é a última história dos Irmãos Darius… Preparem-se para mergulhar em uma paixão arrebatadora, intensa e viciante na história de Alberto Darius e Samanta Bastos no Livro 2 que será lançado em breve. Um romance eletrizante que promete desafiar limites e acelerar corações.
Nos vemos em breve! 💛🔥
Com carinho,
Giulia Campos
Deixo vocês com uma prévia do LIVRO 2.
A MARCA DO PRAZER UM RECOMEÇO COM O CEO🔥
Samanta
Samanta Bastos é uma jovem publicitária de vinte e oito anos romântica e sonhadora, que desde criança sonhava com um casamento de princesa, uma família grande cercada de carinho; almoços de domingo recheados de risadas e feriados barulhentos e alegres.
No entanto, o silêncio que a recebia nesse momento ao entrar em casa, era a sua triste realidade.
Sam depositou as chaves do carro no aparador da sala e rumou para a cozinha em busca de uma garrafa de vinho. No caminho suas roupas sujas de terra ficaram largadas no chão.
O barulho da rolha saindo do gargalo da garrafa se propagou pela cozinha silenciosa. Ela levou a garrafa a boca e se sentou no chão somente de calcinha e sutiã.
Seus pensamentos bagunçados se alinharam em uma única pergunta. Como foi que chegou a esse ponto?
A lembrança ainda queimava dentro dela, tão vívida e cruel como se estivesse acontecendo novamente.
Flashback on


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Os comentários dos leitores sobre o romance: A Estagiária Gordinha do CEO