*Atenção! Este capítulo contem cenas de violência e tortura.
Ícaro
O depósito de containers de uma das empresas que pertencia aos Darius, ficava em uma área afastada, onde somente pessoas autorizadas poderiam entrar. A segurança foi triplicada depois da chegada daquela “carga”.
Para todos os efeitos, o conteúdo dos dois contêineres que chegaram do Rio de Janeiro dois dias atrás era um grande carregamento de madeira nobre, proveniente de Marapanim, no Pará.
Abaixou o vidro escuro do carro para que os seguranças o identificassem. Em seguida dirigiu por mais setecentos metros até a porta do depósito. Os homens de Alberto estavam a seus postos, e o cumprimentaram com um aceno de cabeça.
Tiago se aproximou e entregou o tablet com as filmagens das últimas doze horas. Viu os gêmeos nas imagens se divertindo com o procurador, e devolveu o aparelho ao segurança de elite.
- Os gêmeos ainda estão lá dentro? – ele perguntou se aproximando do container preto com o logo da empresa afiliada.
- Acabaram de sair. – Tiago riu maliciosamente. – Disseram que ele gritou como uma garotinha.
- Quanto tempo ficaram lá?
- Eu tinha combinado duas horas com eles, mas o senhor Alberto mudou de ideia assim que o filho da puta começou a gritar. – Tiago balançou a cabeça divertido. – Os gêmeos ficaram lá dentro mais de seis horas fazendo esse desgraçado do caralho, de vadia deles.
- Ótimo, se eu estivesse aqui, deixaria que os gêmeos alemães arrombassem aquele filho da puta até se cansarem. – Ícaro olhou para a porta fechada de metal. – E quanto ao capanga, o tal de Caio?
- Fizemos melhor que dar um fim nele. Entregamos aquele idiota para os sócios do procurador, com copias de informações que foram divulgadas na mídia. – Tiago soltou uma gargalhada. – Acharam que ele era um informante e sentaram o dedo. Tá nadando com os peixes desde ontem.
- Bom trabalho. – Ícaro acenou para abrirem a porta. – Fizeram o que eu mandei com a pele dele?
- Ah sim, o Miranda é um excelente esfolador, ele cresceu arrancando a pele dos bodes na terra dele. – ele respirou fundo. – Ficou uma obra prima, só na parte da frente, como o senhor ordenou. Os gêmeos adoraram que deixamos as costas e a bunda dele intacta.
- Muito bem, vamos entrar. Faça o que te instrui. Vou acabar com isso hoje.
- Sim, senhor. – Tiago calçou as luvas negras de couro. – E o corpo?
- O que tem? – Ícaro perguntou friamente, enquanto verificava seu celular. Atento a qualquer chamado de casa.
O gemido de dor, entretanto, causou certo prazer. A pele que revestia a parte da frente de seu corpo foi removida cuidadosamente, seu rosto irreconhecível pingava sangue, e os primeiros sinais de infecção já eram visíveis em algumas partes.
Ícaro puxou uma cadeira e se sentou confortavelmente. A boca dele estava intacta, como havia ordenado que fizessem. Um sorriso sinistro cruzou seu rosto quando viu líquido esguichar de sua virilha lotada de cola cirúrgica.
- Ainda não nos apresentamos formalmente, mas espero que tenha gostado da recepção que preparei para você. – Icaro disse cruzando as pernas na altura dos joelhos.
- Mal..dit0..- murmurou Fernando fracamente.
- Sabe.. eu estive pensando por um tempo sobre essa nossa conversa. – Ícaro sorriu ao perceber que a urina se acumulava no assoalho de metal. – O seu maior erro foi meu entregar alguém e depois tentar tomar de volta.
Ele acenou para Tiago, que se aproximou com a caixa térmica, e retirou seu conteúdo, fazendo o desgraçado gritar.
- NÃOOOO! – suplicou, ao ver seu membro decepado nas mãos de Tiago que se aproximava rapidamente. – O QUE VAI FAZER?! NÃOOOO. EU SOU O PROCURADOR DESTE ESTADO!!! NÃOO...
- Ouviu isso, chefe? Ele ainda acha que é alguma porra! – Tiago zombou, abrindo a boca de Fernando com facilidade.

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