A filha do meu padrasto (Depois da verdade) romance Capítulo 14

Coisas boas estavam acontecendo comigo, e eu não iria deixar as atitudes do Rodrigo atrapalhar isso.

Eu teria que ser fria e calculista, isso se eu quisesse mostrar pra ele que eu não sou mais a Yanka de três meses atrás, embora o fato de eu ceder pra ele logo no primeiro dia da minha volta, tenha passado pra ele essa impressão.

Tudo bem que não deu tempo de mudar nada, mas eu não posso dar esse poder todo pra ele, não novamente.

Levantei da cama, desejando ser a mesma Yanka segura de si, que fui antes do Rodrigo me transformar no brinquedo sexual dele.

Escovei os dentes, coloquei uma roupa e desci, pra tomar café da manhã com a Laura e meu pai.

Desejei bom dia a eles e me servi.

Conversamos sobre o meu novo apartamento, e sobre o carro que ainda precisávamos comprar.

- Mudando de assunto, eu gostaria de fazer o almoço hoje, se vocês não se importarem.

Laura: É claro Yanka, a cozinha é sua. O que você tem em mente?

- Estava pensando em fazer uma lasanha, purê, arroz e legumes. Algo simples, mas sei que faço bem feito.

Pai: Isso é verdade, a lasanha dela é a melhor.

Laura: Então combinado, vou ligar pra Isabel e desmarcar com ela, pois assim que acordei eu a avisei pra vim.

- Pelo amor de Deus, é só hoje, eu não vou tomar o trabalho dela, falei rindo e eles me acompanharam.

Laura: E você está bem com o fato do Rodrigo vim almoçar com a gente mesmo? estou perguntando porquê ele me ligou a pouco tempo perguntando isso, e pelo o que você conversou com o seu pai, eu disse que estava tudo bem se ele vim, nada que eu não possa ligar e demarcar.

- Laura, o Rodrigo é seu filho, eu sou apenas uma visita.

Laura: Você é filha do meu companheiro, e isso faz você ter os mesmos direitos que o Rodrigo aqui nessa casa Yanka, se algo incomodar você, não fique com receio de me falar.

- Eu não tenho problemas nenhum em ter o Rodrigo almoçando com a gente, até porquê isso vai ser bem frequente comigo morando perto de vocês, eu ainda estou magoada com ele, mas eu também fiz e falei coisas que o magoaram, então é algo que só o tempo vai resolver. Vocês não precisam impedi-lo de chegar perto de mim, eu vou saber fazer isso se for necessário.

Laura: Tudo bem.

- Bom, agora eu vou colocar as mãos na massa. Falei com um sorriso no rosto.

Laura: Você precisa de ajuda?

- Não, eu dou conta de tudo.

Pai: Então vamos deixar ela trabalhar meu bem, antes que ela mude de ideia, brincou.

Meu pai e a Laura se retiraram da cozinha, e eu comecei a separar os ingredientes pra fazer a lasanha, o arroz e o purê.

Durante esses meses que passei distante, cozinhar serviu de terapia pra mim, eu sempre pensava na vida com mais clareza misturando os ingredientes, era como se a culinária me ensinasse a colocar cada coisa no seu devido lugar.

Eu precisava deixar a minha vida organizada novamente.

Passei a manhã inteira preparando tudo, depois que terminei, coloquei tudo na mesa, fiz um suco e guardei na geladeira e fui tomar banho pra me preparar pro almoço.

A medida que o tempo ia passando, eu ficava mais nervosa, era essa a sensação que o Rodrigo sempre provocava em mim.

Depois do banho, escolhi um mini vestido lilás, com um decote absurdamente exposto, que com certeza deixaria o Rodrigo de pênis duro, ele precisava entender que eu posso fazer com ele o que eu quiser, e que por mais que ele pense que está no controle, ele não está.

Depois do que ele me fez sentir, me tratando como uma qualquer, ele iria ver o bicho que ele fez nascer em mim novamente.

Eu estava quieta, agora não mais.

Depois de me vestir pra matar, eu desci e encontrei a Laura e o meu pai na cozinha, já sentados na mesa, porém o Rodrigo ainda não havia chegado.

Laura: Yanka, eu não sabia que você mandava tão bem na cozinha.

Pai: O cheiro está maravilhoso filha, já podemos comer? perguntou rindo.

- Vocês podem se servir se quiserem.

Então ele olhou pra mim, e disse que um dia a gente conversaria sobre tudo o que houve, mas até esse dia chegar, ele respeitaria o meu espaço.

Ele deu as costas e foi embora, enquanto eu fiquei pensando qual era a porcentagem de verdade que havia naquela fala dele.

Eu fiquei surpresa claro, pois eu não esperava por isso, ele não atravessou o limite que achei que ele atravessaria, muito pelo contrário, ele ganhou uns pontinho com o meu pai e a mãe dele.

Depois que ele saiu, foi a vez do meu pai de olhar pra mim.

Pai: Bom, pelo menos ele está tentando agir de maneira diferente, esse tempo que vocês passaram longe um do outro, foi bom.

A Laura também olhou pra mim, sem nada falar.

- Não vamos nos precipitar, o Rodrigo ainda tem muito pra evoluir como ser humano, e eu também, falei levantando da mesa, enquanto eles dois se olharam, sem acrescentar mais nada.

Retirei nossos pratos e as louças sujas e coloquei pra lavar, enquanto eles se levantaram da mesa.

Laura: Estava tudo delicioso Yanka.

- Obrigada.

Pai: Se garantiu filha, falou me dando um beijo no rosto.

Laura: Você quer ajuda pra arrumar a cozinha Yanka?

- Não, eu faço tudo sozinha, pode deixar.

Eles se retiraram, e eu fiquei arrumando a cozinha, totalmente presa em meus pensamentos, reverberando a fala do Rodrigo.

Como se ele fosse mesmo capaz de respeitar o meu espaço.

Era quase impossível acreditar nisso, o conhecendo do jeito que conheço.

Mas se ele fosse mesmo respeitar o meu espaço, talvez fosse a chance que eu teria pra recomeçar a minha vida com outra pessoa, sem a interferência dele, com o Diego quem sabe.