A Herdeira Rejeitada do CEO Italiano romance Capítulo 6

As palavras do médico ecoam em minha mente imediatamente, fazendo uma onda de choque percorrer pelo meu corpo. Grávida? A ideia parece tão surreal, que é como se eu estivesse presa em um sonho estranho do qual não consigo acordar.

— Isso é impossível, doutor. — murmuro, balançando a cabeça negativamente. — Este exame deve estar errado, estou apenas gripada, é isso.

— Srta. Adkins, eu entendo que receber essa notícia não seja fácil, mas é altamente improvável que o exame de sangue esteja equivocado. A senhorita teve alguma relação sexual sem proteção nas últimas semanas?

— Não, eu nem tenho um… — minhas palavras são interrompidas por uma lembrança.

Em um dos poucos flashes que me lembro daquela noite, vi Sean colocar a camisinha. Mas do jeito que estávamos e da maneira como meu corpo amanheceu, percebo que um preservativo podia facilmente ter se perdido e nem sequer daríamos conta.

Com um leve aceno de cabeça, peço ao médico que continue. Enquanto ele explica os próximos passos e os cuidados necessários, mal consigo processar suas palavras. Tudo parece distante, como se eu estivesse observando tudo de fora do meu próprio corpo.

— Aqui estão os remédios que você pode tomar para a gripe. — o médico entrega-me uma receita médica. — Também aconselho que procure uma obstetra para certificar-se de que está tudo bem com sua gestação. Você está liberada, Srta. Adkins.

— Obrigada, doutor.

Após a saída do médico, enquanto pego minhas coisas para sair, tento digerir a realidade que me envolve. Mentiria se dissesse que nunca quis ser mãe, mas a ideia de isso acontecer sob as circunstâncias em que me encontro e, principalmente, da minha relação com o pai desse bebê, é avassaladora.

— Está tudo bem? — Emily pergunta ao me ver sair do quarto. Respiro fundo, desviando o olhar.

— Sim. Já estou liberada, podemos ir?

— Claro, vamos.

No trajeto até minha casa, me vejo imersa em meus pensamentos, observando a movimentação dos carros lá fora. Após alguns minutos, Emily estaciona em frente ao meu apartamento.

— Tem certeza de que está tudo bem? — ela insiste. — Se quiser, posso ficar aqui com você.

— Obrigada, Emily, mas não precisa. Aproveitarei o restante do dia para descansar; amanhã preciso voltar ao trabalho.

— Como quiser, Zoe. Me ligue se precisar. Até amanhã!

— Até amanhã.

Forço um sorriso para não deixá-la preocupada e nos despedimos rapidamente. Meus passos até o interior da minha casa são feitos de modo robótico, tamanha a confusão que se instalou em mim desde a notícia da gravidez.

— Você dará um jeito nisso, Zoe. — murmuro ao passar pela porta. — Você encontrará uma saída, exatamente como sempre fez.

Sento-me no sofá, soltando uma risada amarga enquanto balanço a cabeça negativamente. As palavras que murmuro parecem insuficientes diante da incerteza, pois, ao contrário das outras dificuldades que já enfrentei em toda a minha vida, essa é, sem dúvida, uma das maiores.