A Noiva Inocente do CEO romance Capítulo 6

Resumo de Continua Capítulo Um: A Noiva Inocente do CEO

Resumo de Continua Capítulo Um – Uma virada em A Noiva Inocente do CEO de Ninha Cardoso

Continua Capítulo Um mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Noiva Inocente do CEO, escrito por Ninha Cardoso. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Parte 6...

— Não pode ser cínico assim, filho. Serão os filhos dela também. Acha que vai querer se casar para ter herdeiros com alguma doença estranha? - balançou a cabeça.

— Sei lá - mexeu os ombros — Tudo é possível com essa família. E não quero uma esposa, menos ainda sendo escolhida por aquele golpista ladrão.

Chegou até a dar uma risadinha pensando que a sobrinha deveria ser muito feia ou ter um problema mental para que o tio precisasse lhe comprar um marido. Qual mulher hoje em dia aceitaria tal coisa? Ainda mais com o feminismo em alta.

— Primeiro conheça a moça, deve ser uma ótima pessoa - ele riu — Falo sério, filho!

— O senhor confia demais papai.

— E você é desconfiado demais.

— Pai, ela deve ter algum problema. Pense bem - meneou a cabeça fazendo careta — Se fosse uma pessoa normal nós saberíamos alguma coisa, por menor que fosse - balançou a cabeça — No mínimo deve ser entediante ou ter personalidade de um porco-espinho. Nunca soube nada de uma sobrinha dele na mídia.

— Ela vive no Brasil há muitos anos - explicou — Vai ver eles nem sabem que ela é herdeira de um dos homens mais ricos da Grécia.

— Logo no Brasil? - fez um som de desdém — Com aquela gente que adora fofoca de celebridade e vive grudada em sites de bobagens? Como a mídia não falaria dela? Estou dizendo, vai ver é careca - foi sarcástico.

Kratus suspirou exasperado com sua insistente teimosia.

— O pai dela era grego, não esqueça disso. Foi enviada para longe após o acidente que matou o irmão de Yago e a menina foi criada em um colégio interno no país de sua mãe. Não deve ter o costume de sair em jornalecos e revistas de fofocas, assim como você que vira e mexe dá um show.

— Sei disso, me lembro do acidente - deu um gole e bebeu tudo de vez, as lembranças voltando à sua mente — Ele morreu quando o barco explodiu naquele acidente horrível.

— Sim e a mãe morreu logo depois - Kratus disse com pesar, apertando os lábios — A menina cresceu órfã e não é fácil passar por uma coisa assim. Logo depois que foi enviada para longe, para outra cultura. Apesar de ser meio brasileira, ela antes morava aqui e todos lá eram estranhos.

As recordações pesadas anuviaram seus pensamentos e o deixaram um pouco triste. Não era algo bom de se lembrar.

Um corpo inerte cheio de machucados e sangue, mole em seus braços quando a puxou para fora da água, um dia horrível, muita gritaria e choro, gente desesperada, chamas, caos, tragédia... Horrível demais. Pesado demais.

Kostas puxou o ar fundo, tentando ficar impassível diante das lembranças.

— Ainda assim não entendo como o senhor aceitou de bom grado um encontro com essa gente. Se ela tiver herdado um por cento de seu sangue, vai nos causar problemas enormes - disse sarcástico e desconfiado — Vou ter que dormir com um olho fechado e o outro aberto para não ser esfaqueado durante a noite. Yago Demetriou nos culpou e fez um inferno na mídia sujando nosso nome, inclusive nos processou.

— Mas ele perdeu o processo. Foi provado que não tivemos culpa do ocorrido e ele teve que se calar. Foi difícil para todos nós. Perdemos gente nossa também e não é fácil superar um fato desses, sem volta - mexeu no pescoço tenso — Ele quer tentar deixar para trás e se sente velho demais para continuar brigando.

— Os canalhas envelhecem papai.

— E os teimosos também, sabia? - fez uma careta apontando para ele — Os tempos agora são outros e ele já repensou o passado - esfregou a mão no rosto — Estamos ambos cansados de brigas, de processos, de fofocas com os nossos nomes. Ele quer assegurar que a única sobrinha tenha uma vida tranquila e não quer correr o risco de perder tudo o que conseguiu.

— Com golpes e mentiras - ele completou.

— Que seja - abanou a mão — O que importa é que ele quer assegurar que sua família continue e casando a sobrinha com um grego isso vai acontecer. Você também precisa de herdeiros, nem que seja um apenas. Se não tiver filhos nossa família acaba.

— E essa moça aceita isso assim? Fácil? - estranhou — Não diz nada, não é contra esse arranjo? Vai ver não tem maturidade ou então não tem o juízo certo.

— Se você for ao encontro pode ver com seus próprios olhos e se realmente se sentir mal com esse acordo não precisa se casar. Você não tem que dizer sim, apenas a conheça, fale com ela e se no final ainda se sentir inseguro ou com alguma dúvida sobre a estabilidade mental dela, apenas diga não.

— Não vai me forçar a casar?

— Não se você for honesto. Não crie coisas onde não existem apenas para não assumir o acordo.

— Talvez eu deva dizer logo que sim - mexeu os lábios de modo cínico — Se o que toda mulher procura é um marido rico para prover seus luxos, por que justo a sobrinha de um canalha como Yago seria diferente? - se voltou para o pai — Pelo menos ela tem um ponto a favor com relação a isso. Foi honesta em dizer logo o que queria ao invés de fingir se interessar e se apaixonar por mim, não é mesmo? - deu um sorriso curto — E como o senhor disse, o dinheiro move o mundo. Será uma união apenas de negócios.

— Não seja tão crítico - pediu — De repente você pode gostar da moça. Não pode querer julgá-la antes de conhecê-la. Ela está acostumada com boa vida, com empregados a servindo, é natural que não queira perder o estilo que tem e isso é fácil de entender. Você gostaria de perder o que tem hoje?

— Ela também não vai querer mudar isso só por se casar com um estranho. E querer dinheiro não quer dizer que ela tenha um caráter ruim. Apenas é seu modo de viver e prefere ser clara sobre isso. De repente pode ser uma excelente esposa, não sabemos.

Kostas deu uma risadinha.

— Não busco uma excelente esposa vindo daquela família.

— Ela pode lhe surpreender e ser uma boa moça.

— Tão pouco procuro boas moças.

— E que diabos você quer então? - reclamou — Ficar solteiro andando por aí com uma e com outra até ficar velho? Aí sim vai ter que se casar com qualquer interesseira, que só vai querer mesmo é o seu dinheiro. Pare pra pensar Kostas. Você está com trinta e oito anos, pelo amor de Deus.

— Até parece que isso é o fim do mundo. Uma hora eu me caso e pronto - fez uma careta.

— Então por que não agora?

— Está bem, papai, vou encontrar a garota, mas não vou prometer nada - apertou os lábios — Não conheço nenhuma boa moça que queira dinheiro do pretendente antes mesmo dele dizer sim. Não dou garantias. Se essa pessoa vai ser a futura mãe de meus herdeiros eu quero ter certeza de que vale a pena.

— Ótimo - Kratus sorriu um pouco aliviado.

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