A Noiva Inocente do CEO romance Capítulo 8

Resumo de Continua Capítulo Dois: A Noiva Inocente do CEO

Resumo do capítulo Continua Capítulo Dois do livro A Noiva Inocente do CEO de Ninha Cardoso

Descubra os acontecimentos mais importantes de Continua Capítulo Dois, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance A Noiva Inocente do CEO. Com a escrita envolvente de Ninha Cardoso, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Parte 2...

Ambos tinham culpa de tudo o que havia acontecido em sua vida. De todas as dores que passara até ali. Da perda de seu pai amado, do sofrimento de sua mãe e de sua impossibilidade de ser mãe também. De certa forma seu tio tinha razão, seria uma justiça.

Ela teria que esconder que sua mãe continuava viva. Assim que ele fizesse o depósito em sua conta o valor seria repassado diretamente ao hospital, onde pagaria a dívida que já tinha e durante os outros meses pagaria sempre na data certa, mantendo o tratamento de sua mãe e sua cirurgia seria feita.

Só precisaria manter a farsa do casamento enquanto sua mãe estivesse ainda em tratamento, depois poderia sumir da vida deles. Fugiria. Voltaria para o Brasil e daria um jeito de sumir com sua mãe.

Daria adeus às preocupações financeiras e à pobreza. Seguiria com o casamento durante o tempo necessário e depois que acabasse a parte difícil do tratamento de sua mãe, ficaria mais um pouco com ele até fazer uma poupança que fosse suficiente para se manterem até ela arranjar um trabalho.

Dessa vez só um emprego, não teria que se matar em três lugares diferentes para conseguir a renda para se manter. E com sua mãe bem de novo ela não teria a pressão de ter que arrumar dinheiro urgente.

Não seria fácil, mas o fim justificava o meio. Guardaria isso em mente sempre que se sentisse arrependida, assim não jogaria tudo para o alto. Seria forte.

O helicóptero parou na zona marcada e o tio abriu a porta. O vento quente bateu em seu rosto e ela ficou em dúvida se realmente tinha sangue grego em suas veias, porque achava o calor dali muito pior do que o do Brasil.

Talvez pela situação estivesse sentindo muito mais do que o normal, mas não disse nada ao tio porque queria evitar discussões. Uma coisa ela tinha aprendido. Manter-se calada era muito melhor.

— Tente não fazer merda - disse ríspido — Agora aja como uma Demetriou. Ande!

Ela teve vontade de lhe dizer o que fazer com o sobrenome, mas não o fez. Boca fechada era o melhor agora e mais pra frente. Só por um tempo. Depois estaria livre.

— O senhor nunca deixou que minha mãe usasse o sobrenome da família, ainda que ela fosse uma. Era casada legalmente com seu irmão - disse baixo.

— Kostas Megalo só vai se casar com você por causa do sobrenome. Se ele tivesse ideia de que você é uma pobre qualquer, nem mesmo a olharia, ainda mais com suas roupas - fez cara feia — E pare de se contorcer como uma cobra, largue o vestido.

— Chama isso de vestido? - escondeu o mal-estar — É só um pedaço de pano que deixa tudo à mostra - puxou de novo para baixo.

Tinha quase certeza de que o piloto vira sua calcinha várias vezes de tão curto que era. Estava morrendo de vergonha.

— Exatamente - riu a olhando — Tem que mostrar que tem um pouco de carne embaixo desses ossos. Se um homem vai ao açougue ele tem que ver a carne pela qual vai pagar antes de comer - deu um sorriso nojento — Kostas tem o sangue quente dos gregos e gosta de provar novidades. Finja que se veste sempre assim e tente atrair sua atenção. Ele ficará tão entretido com essas pernas magrelas que vai relaxar sobre o acordo. E nem um pio sobre o real motivo do dinheiro - aproximou o rosto do dela — Se ele souber sobre sua mãe não vai assinar e você vai sair daqui com as mãos abanando. E não vou ficar nada contente.

Ela engoliu em seco. Uma leve pontada do lado esquerdo de sua testa indicava uma enxaqueca. Ela iria conseguir. Precisava conseguir. Apesar de toda a pressão do tio, de suas ameaças, conseguiria.

— Mesmo sendo feia e sem graça, tente fingir que é uma mulher sensual. Evite falar, mas se o fizer mantenha a voz baixa e calma e muito cuidado com as palavras. Seja gentil com ele.

— E se ele me perguntar sobre o motivo do casamento?

— Não se preocupe com isso. Kostas tem o ego enorme e está acostumado a ter filas de mulheres querendo fisgá-lo. Vai achar que você é mais uma. Ele sabe que tem o que toda mulher procura.

— Beleza?

— Dinheiro sua tonta. A beleza vem em segundo plano. Seja esperta - cutucou sua testa com força — Burra.

Ela ficou aborrecida. Uma pessoa tão fútil que julgava os outros por seus próprios critérios e logo ela iria se juntar a alguém assim. Se pudesse escolher jamais teria nada com ele.

Aliás, nunca pisaria em chão grego.

—_ Tente se lembrar de tudo o que eu disse. Seja fofinha pra ele, se mostre interessada - deu uma risadinha — Se ele perguntar diga que você o quer por ser um homem atraente e sexy. Que o acha interessante por ser um famoso solteirão e que você quer retomar suas raízes gregas. Se atire pra cima dele. Ele vai gostar.

“Ela se atirar pra cima dele? Como? “

— Mas e se...

— Cale-se! Só precisa se deitar com ele todas as vezes que ele quiser e bajular seu ego. Kostas teve muitas amantes, gosta de sexo e vai querer provar você antes de se casarem, mas não vai fazer isso até estarem casados, entendeu? Deixe-o esperar, isso vai manter seu interesse e não vai ficar em alerta.

Nathaly engoliu em seco. Teria que transar com esse homem. Ainda não havia pensado diretamente nessa parte do acordo e isso lhe deu um nó no estômago.

O tio a tratava como uma mercadoria barata. Praticamente um pedaço de carne mesmo. E as coisas que falava eram tão desrespeituosas. O homem não tinha o menor trato.

— Acorda menina - o tio disse seco — Não fique andando distraída e responda quando alguém fala com você. Quer que o homem fique lhe segurando eternamente? De que valeu uma educação tão cara se você não a usa?

Natahly sentiu o rosto ficar corado com a vergonha. Além de quase ter atropelado o homem, ainda teve que ouvir uma bronca mentirosa de seu tio. Ele queria mesmo se passar por um bom parente. Que educação cara ele lhe dera?

— Me desculpe - o encarou — Eu não...

— Está tudo bem, não tem que se desculpar.

Kostas falou com controlada calma que deixava transparecer frieza e seus olhos observavam o tio dela. Nathaly sentiu um leve tremor ao perceber que havia uma guerra por baixo da capa de educação e gentileza.

Não deveria ter se metido nesse meio. Mas agora era tarde.

— Eu que peço desculpas, Megalo - Yago disse logo, impaciente — Minha sobrinha é avoada da cabeça como a maioria das mulheres de sua idade. Mas quando está atenta ela sabe como andar direito - a olhou feio.

Nathaly segurou a irritação. Não poderia colocar tudo a perder bem ali, logo no começo de tudo. Apesar da raiva e da vontade de mandar todos ali para o inferno e correr de volta para o helicóptero, ela conseguiu manter o foco na mãe. Por ela passaria por isso.

Esqueceria tudo de ruim. Esqueceria que detestava o tio e desprezava seu talvez futuro marido. Passaria de cabeça erguida por essa provação. Conseguiria fazer com que ele se casasse com ela e teria em mãos o modo de salvar sua mãe.

O futuro viria depois. Pensaria no que fazer depois que tivesse a certeza de ter conseguido o principal. Dinheiro.

Se pensasse demais agora iria acabar desistindo, por covardia ou por princípios. E tinha muito dos dois, mas ficar parada não era uma opção e a mãe não sabia o que ela estava fazendo, então se viesse a descobrir tudo, já teria passado e uma bronca seria o menor prejuízo de todos.

Virou o rosto em direção ao mar lá atrás e seu corpo tremeu. Também se não aceitasse agora, talvez o tio a empurrasse no mar azul só de raiva. Aí sim ela morreria.

A água tão linda só a lembrava de horrores.

Autora Ninha Cardoso

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