CAPÍTULO 4
Alexander Caruso
Horas se passaram e ninguém a encontrou. Deixei a equipe em alerta e fui tomar um banho, a minha mente estava uma bagunça, viajando para diversos momentos da minha vida, quando me enxaguei e estremeci ao ver a Laura pelo reflexo do espelho, estava dentro do banheiro, ainda com o meu sobretudo e com a minha arma, que outra vez, estava apontada pra mim.
Parei tudo o que eu fazia e abri a porta do box a chamando. Ele capturou o meu olhar, porém não se manifestou.
— Está atrasada! Onde esteve, querida esposa? — ela me olhou por inteiro e nisso fiquei excitado. — É uma merda você ter um corpo tão atraente... o que acha de uma trégua, hoje? — sem demonstrar medo, virei a cabeça para trás, deixando a água do chuveiro cair sobre o meu rosto, permitindo que a Laura olhasse melhor para o meu corpo. Ela nunca me viu sem roupa, quem sabe eu não consigo pegar ela hoje, então amanhã o meu desprezo será ainda maior, sei que não é imune aos meus toques, assim irei fazê-la sofrer, chorar por querer algo que nunca terá.
— Porque fez isso, comigo? Eu realmente estava gostando da ideia de casar, não te fiz nada! — ao ouvir essas palavras dela, voltei a olhar para ela e comecei a andar em sua direção. Ouvi quando ela engatilhou a arma, mas não parei. Pelo contrário, quando cheguei na sua frente, enfiei o dedo no cano do revólver, a desarmei e puxei o seu corpo de costas no meu, a deixando imobilizada. Devagar tirei os cabelos soltos do seu ombro, conheço alguns pontos fracos, dela.
— Deixemos essa conversa chata pra amanhã! Sei que está há meses esperando pelo meu toque no seu corpo! — sussurrei e ela não tentou sair do meu contato. — Sei que os seus seios imploram para que eu volte a acariciá-los e deixar os biquinhos duros como eu deixava até pouco tempo...
— Por que parou? Faz meses que não me toca... — encostou a cabeça no meu ombro e sorri ao sentir que a tinha em minhas mãos, ela também sentia desejo por mim, antes eu costumava massagear os bicos dos seios dela e cheguei a tocar as coxas. Mas, em seguida, me lembrei por que parei, e foi justamente quando seu irmão contou do seu encontro secreto com o amante, o tal Luigi que ainda não matei porque não descobri quem é. Eu até dava comida em sua boca antes de saber de tamanha sem-vergonhice.
— Não tive vontade! — a soltei colocando a pistola sobre a pia, e ela me encarava furiosa.
— Eu deveria ter desconfiado do motivo de tão pouco diálogo! Embora ainda não entendi o que acontece com você... ou é louco, ou tirou conclusões precipitadas sobre mim!? — enfiei a mão por dentro do sobretudo, no vão dos botões fechados, encontrei a sua pele, imaginando que via outra vez aquela roupa sensual branca, que a fazia parecer tão pura, e ao mesmo tempo me lembrava como era puttana ao ter saído com outro.
Num momento de fúria apertei o seu pescoço sem raciocínio, eu estava com raiva demasiada, porém não a machuquei, apenas queria respostas, então eu perguntei entre dentes:
— Diga a verdade! Você mentiu, não é? Não é mais virgem! DIGA, PORRA! DIGA QUE NUNCA FICOU NUA NA FRENTE DE OUTRO HOMEM! FALA QUE NÃO SE ENTREGOU A OUTRO, OU EU VOU MATAR VOCÊ! PORQUE ISSO ME PERTURBA, ME DEIXA LOUCO! — enquanto eu gritava, aquela maledetta se soltou de mim com uma técnica muito bem executada, e quando vi ela já estava com domínio sobre mim, eu estava preso a ela.
— Pelo visto, pelo menos, eu te causo ciúmes, seu idiota! Quero que morra com essa dúvida, porque você é um traidor, e traidores a gente apenas elimina! — quando me soltou, fui pegar a arma, mas me distraí com o seu decote, aqueles seios durinhos e pontudos que eu conhecia muito bem, embora fazia tempo que eu não tocava, então foi tarde demais... outra vez ela me tinha nas mãos.
— Vista-se! Não vou ficar olhando pra você sem roupas! — ela disse e eu sorri.
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