Atílio pagou ao casal o dinheiro para que Gabriel e Jamile pudessem adotar legalmente Héctor e tudo ficou resolvido. Com os papéis assinados, eles jamais poderiam chantagear ou querer ficar com Héctor novamente.
Leandro viu Luíza na igreja com a filha pequena nos braços, a cumprimentou e pode compreender que de fato não a amava mais e entre os dois tudo o que havia acontecido de bom ou ruim, havia ficado no passado.
Vejo que você está feliz. – Leandro perguntou para Luíza.
– Muito Leandro e espero que você seja também, soube que se casou. Que você e sua esposa possam ter muitos filhos.
– Obrigado, por ser tão bondosa e pelo seu perdão. Ele me libertou para me tornar o homem que sou hoje! – Leandro e ela estavam livres para serem felizes cada um com seu grande amor.
Sebastião os viu conversar, mas não sentiu ciúmes sabe e confia no amor que Luíza tem por ele e que nada será capaz de mudar isso.
Edith e ele voltaram para o Capital.
Dias depois...
Raul se sentia a cada dia mais solitário com a esposa naquela enorme fazenda e decidiu ir visitar o filho e a nora no Capital e levava boas notícias com ele.
– Espero que não façam o mesmo que eu fiz, estou envergonhado de todas as coisas horríveis que disse a você e a mulher que você escolheu para se casar. – Raul revelou, parecendo estar mesmo arrependido e disposto a mudar por amor ao único filho que tinha agora.
– Entrem, por favor! – Leandro os convida.
– Por mim tudo está esquecido senhor Raul, amo demais o seu filho e não posso odiar a família dele. Aqui, todos os dias nós enfrentamos preconceitos de todos os tipos e não posso me guardar rancores desse tipo ou ficaria louca. – Edith falou;
– Se vê de longe os muitos atributos que fizeram meu filho se apaixonar por você. – Mabel disse sorrindo para Edith e ela retribuiu.
– Sim e os dois tem minha benção, sozinho naquela casa enorme eu me lembrei de você e de Celina pequenos a correr pela nossa antiga casa. O amor de um pai não morre jamais, talvez se eu tivesse sido mais amoroso, sua irmã estaria aqui. – Raul finalmente abrandou seu coração.
– Sinto falta dela também, mas agora é tarde para lamentar por coisas que não temos mais como mudar. – Leandro disse ao tocar o ombro do pai, passando-lhe um pouco de conforto.
– Ela nos mandou um telegrama a uns dias, disse que está feliz com o tal delegado. Que conseguiu o que ela mais queria na vida, um homem que a adorasse e desse todo o amor que ela sempre sonhou. Eles não costumam permanecer mais do que quatro meses no mesmo lugar, pois ela ainda é procurada pela justiça, mas a seu modo, está feliz e prometeu um dia nos visitar. – Mabel revelou, já até conseguia aceitar o fato da filha estar longe seguindo sua vida.
– Fico mais tranquilo assim. – Leandro respondeu.
– Que bom que estão aqui, assim eu posso dar a todos uma boa notícia. – Edith se levantou ficando ao lado do marido e acariciou o próprio ventre com a mão dele. – Estou esperando um filho de Leandro!
Para a surpresa de todos, Raul ficou feliz.
– Um neto, finalmente! – Raul exclamou emocionado.
– Tenho certeza de que vai ser um menino. – Mabel falou e estava realizada com aquela notícia, se Celina não poderia dar continuidade a família, Leandro faria isso.
– Seja menino ou menina, será muito amado. – Leandro disse ao abraçar a esposa.
Eles comemoraram juntos e a felicidade estava completa.
Guadalupe
Era o nosso grande dia, tudo estava perfeito e eu me sentia novamente como uma moça inocente prestes a unir sua vida a alguém. A diferença é que eu já amo esse alguém mais do que a mim mesma, pela terceira vez minha mãe me ajudava a colocar um vestido de noiva.
– Espero que seja a última vez. – Ester disse.
Nós duas sorrimos.
– E vai ser mamãe!
Senti ela retirar o meu colar, nele eu usava a aliança de casamento como pingente e nem mesmo o ciúme de Igor havia me feito deixar de usar. Meu coração acelerou, tenho medo de acordar desse sonho e voltar para o passado.
– Use isso Guadalupe. – Ester falou entregando a aliança para a filha.
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