Além do horizonte romance Capítulo 51

Mais um dia passou, os pais de Guadalupe estavam se adaptando a vida na nova casa.

– Quero ir a um lugar com Benjamin, a senhora pode nos acompanhar mamãe? – Guadalupe pediu para Ester.

– Claro que posso minha linda, mas posso saber para onde iremos?

– Vou a até a minha (suspiro de ansiedade), até a casa de Atílio.

– Vai dizer a verdade para ele filha?

– Sim, ele tem o direito de saber.

– Então vamos, vamos agora mesmo. – Ester incentivou a filha a dizer logo a verdade.

Ela pediu a um dos peões que sabiam dirigir para levá-las até lá.

Guadalupe

Meu coração mal cabia dentro do peito a cada segundo que o medo crescia, crescia também a vontade de ficar ao lado dele que dissesse que me perdoa pelo que fiz.

– Chegamos filha.

Minha mãe ficou com Benjamin no colo, ele estava mais agitado hoje do que de costume e parece que estava prevendo que algo decisivo estava prestes a acontecer em sua vida.

– Lupe? – Amélia perguntou surpresa.

– Amélia que bom ouvir sua voz. Eu preciso muito falar com Atílio, ele está em casa? – Guadalupe pergunta.

Amélia

Não posso fingir para mim mesma, ainda estou magoada pelo que ela fez ao meu filho. Vou dizer a verdade, mesmo que eu saiba que isso vai magoá-la.

– Atílio foi até a cadeia visitar Celina. – Amélia revelou, fazendo a expressão de Guadalupe mudar.

– Eu venho outro dia então.

– Passar bem Lupe.

Elas voltaram para o carro.

– Amélia agiu como se não me conhecesse, logo ela que foi para mim como uma mãe. E Atílio, ele foi visitar ela mãe.

– Não sei como ele pode ir até lá, sabendo como tudo aconteceu. – Ester diz para a filha.

– O que eu temia aconteceu, longe de mim. Celina ganhou o amor dele mamãe.

– De qualquer forma, vai ter que dizer a verdade para ele filha e quanto mais dias passarem mais difícil será.

– Eu sei. – Guadalupe respondeu.

As lágrimas teimavam em fugir, eu o deixei sem amor e sem carinho. Agora estou sofrendo as consequências da minha escolha, mas eu não podia dizer não ao meu filho, eu já sentia que ele era meu desde sempre.

Atílio

Amélia e Jamile insistiram que eu fosse até a prisão, sei que Celina deve estar sofrendo, mas ela mesma procurou por isso.

– Suponho que tenha vindo visitar sua esposa. – O delegado pergunta para Atílio e ele responde.

– Ex esposa!

– Tão rápido assim irá abandonar a moça a própria sorte Atílio?

– São assuntos pessoais delegado.

O delegado o acompanhou até lá, assim que o viu Celina correu para perto das grades da prisão.

– Eu sabia que você não iria me abandonar. – Celina falou chorando de alegria ao ver Atílio.

– Não podia ter feito isso Celina, quase tirou a vida de Guadalupe e apesar de odiá-lo, Igor não merecia morrer assim. E além de tudo, usou minha arma!

– Sim Atílio, eu queria matar aquela maldita usando a sua arma. Só assim eu poderia me sentir vingada por toda a rejeição que recebido de você desde que nos casamos.

– Sinto muito, sinto muito que seu coração tenha se tornado tão duro.

– A culpa é sua, você não quis me dar uma chance de te amar.

– Só se ama uma vez nessa vida Celina.

– É bom que você ajude o meu pai a me tirar daqui ele não vai tolerar que você me abandone. – Celina falou para deixar Atílio avisado sobre o que seu pai faria em breve.

– Com ele deixe que eu me entendo, quanto a você e eu...

– Vamos, diga de uma vez Atílio!

– Vou entrar com o pedido de divórcio. – Atílio disse se afastando da cela onde Celina estava.

– Tarde demais para isso, estou esperando um filho seu.

– Não pode ser. – Atílio negou.

– Apesar de não me amar, tínhamos intimidades e estou esperando um filho seu Atílio.

– Isso não muda o fato de você estar presa.

– Se você me abandonar e me levarem para uma cadeia longe daqui, farei tudo para sumir com essa criança. Além do maldito filho que perdeu com a cega, irá perder o meu para sempre!

– Eu nunca deveria ter me juntado a alguém como vocêCelina .

– Diga o que quiser, faça o que quiser Atílio.

Saí daquela delegacia com o mundo outra vez nas minhas costas, claro que meu tio Raul não iria me perdoar pelo que aconteceu e muito menos me deixaria participar da vida daquela criança se eu abandonar Celina. Logo agora que eu queria correr para os braços dela.

Uma semana depois, Leandro chegou na cidade ao lado do advogado que o pai pediu para defender ou melhor advogada.

– Nossa, que cidadezinha mais linda. – Edith exclamou encantada.

– E isso é por que ainda não chegamos na vila e na fazenda de meu pai.

– Será que ele vai gostar de saber que eu sou a nora dele Leandro?

– Acho que uma notícia boa deve aquecer o coração dele e de minha mãe, ainda não posso acreditar que Celina tenha feito algo assim.

– Farei tudo o que estiver ao meu alcance para tirar ela do cárcere.

– Se alguém pode fazer isso é você Edith!

Os dois chegaram na fazenda quase no final do dia, Mabel abriu a porta.

– Filho, graças a Deus está aqui. – Mabel falou se aproximando dos dois.

– Seja forte mamãe, estamos aqui para ajudar. – Leandro a abraçou dizendo, Mabel estranhou a presença de Edith e perguntou.

– E quem é ela?

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