Estava muito claro que eu precisava de pessoas pra trabalhar comigo, eu trabalhando sozinho não rendia muito, só conseguia algumas peças de artesanatos por dia, quando eu deveria ter um grande volume de peças.
Eu sempre me virei sozinho, mas estava mais do que na hora de dar o braço a torcer e proucurar ajuda, mas primeiro eu teria que calcular bem os meus gastos e ver quantas pessoas daria pra pagar.
Era sempre a mesma coisa, um dia eu fazia a minha produção, e no outro dia saia pra vender e voltava sem nada.
Não que isso seja uma coisa ruim, na verdade isso é muito bom, mas dava pra aumentar a produção das peças e lucrar mais.
Desde que voltei do centro, eu não coloquei nada no estômago, eu sempre almoçava com o meu pai e a Danda, mas eu estava tão atolado com o trabalho que preferi fazer um lanche com as coisas que achei na geladeira.
Depois de comer, peguei o meu celular e vi que tinham 8 ligações da Danda.
Eu não retornei, mas peguei as chaves da caminhonete imediatamente e fui até ela.
Dirigi o mais rápido que pude, apesar da pousada ser bem perto da minha casa, mas eu pensanva que havia acontecido algo com o nosso pai.
Mas quando cheguei, encontrei a Danda e a Cris conversando calmamente, porém percebi que os olhos da Cris estavam vermelhos.
- O que aconteceu?porque você está chorando Cris?
Ela não me respondeu, e pra piorar me deu as costas e saiu andando rápido.
Olhei pra Danda, que claramente estava tensa.
Pensei mil bobagens.
Será se a Cris estava grávida e eu não sabia? tudo bem que ela tomava anticoncepcionais, mas nada é totalmente eficaz.
Mas se tivesse, eu seria homem o suficiente pra assumir, apesar de eu ter falado mil vezes que eu não queria ter filhos nesse momento, na verdade, não com ela.
- O que aconteceu Danda?o nosso pai está bem?
Dandara: Nosso pai? o que tem ele?
- Não sei Danda, é por isso que estou te perguntando, você me ligou várias vezes, então achei que tivesse acontecido algo com ele.
Dandara: Ah, não foi nada disso. O papai está bem.
Ela olhou pro meio do nada, como se tivesse me escondendo alguma coisa, ou tomando coragem pra falar.
- Danda, da pra falar o motivo que você me ligou e o porque você tá agindo de maneira tão estranha?
Dandara: Dilan, quantas Kyras você já conheceu na vida?
Estranhei a pergunta, e não estava entendendo onde ela queria chegar com isso.
- Só uma Dandara, mas que tipo de pergunta é essa? eu estou cheio de coisas pra fazer, e falar sobre a Kyra não é algo que eu goste de conversar com você.
Dandara: Dilan, vem cá.
Ela me chamou pra eu dar uma olhada no computador, onde vi o cadastro de uma hóspede que se chamava Kyra.
Por um minuto, senti o meu coração acelerar.
- Você acha que é ela Danda?
Dandara: Não sei Dilan, ela está no mesmo quarto que você dormiu.
Comecei a caminhar em passos largos em direção aos quartos, e a Dandara correu atrás de mim.
Dandara: Dilan, não faça nenhuma loucura, você não sabe se é ela, você vai bater na porta dela e falar o quê? vai assustar a garota.
Ela estava certa, eu não sabia se era ela ou não, poderia ser qualquer pessoa, e eu estaria fazendo papel de louco se continuasse agindo assim.
Dei meia volta e fui em direção a saída.
- Eu vou pra casa Danda, preciso pensar.
Dandara: E a Cris Dilan?
- O que tem ela?
Dandara: Se ela ficou daquele jeito só com a possibilidade de ser a Kyra, como você acha que a Cris vai ficar se realmente for ela?
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