Resumo do capítulo Capítulo 32 de Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo
Neste capítulo de destaque do romance Ficção adolescente Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo, Tainara Duarte apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Charlotte
— Vamos, vamos sair daqui e ir para um lugar mais legal, assim você perde a timidez de uma vez e vai se sentir mais à vontade comigo — insisto, tudo o que o Diego faz é respirar profundamente, como se fosse doloroso estar aqui — Diego, você quer ir embora? Não gostou de estar aqui comigo? E-eu vou entender se você se virar agora e ir emb — ele tampou a minha boca com um beijo feroz, segurando o meu rosto com as duas mãos, está me beijando como se hoje fosse o último dia na terra, como se nunca mais fosse me ver, essa ansiedade nele me causa sensações nunca antes sentidas.
O beijo se estende lentamente pelo meu pescoço, é como se ele tivesse uma necessidade de permanecer grudado em mim, permito que as minhas mãos apalpem-no passeando pelas suas costas por debaixo da blusa, como é possível que o contato de nossas peles possa me trazer tanta ternura? É como se nós nos conhecêssemos há muito tempo, será que somos almas gêmeas?
— Diego... — com muito esforço e força de vontade eu o interrompo, — podemos ir para outro lugar? Acho que já quebramos o gelo — dou uma pequena gargalhada, mas sinto que sou a única achando graça.
Ele tenta me beijar novamente, contudo eu o impeço entre sorrisos e um passo fugitivo passando por debaixo dos seus braços, me jogo em seu peito e agora é ele quem está encostado na parede. Me sinto tranquila e segura, mas algo dentro de mim não está sossegada pelo fato de eu ainda não ter ouvido a voz dele e não ter visto o seu rosto, eu quero conhecê-lo por completo!
— Venha, vamos pra outro lugar, assim você vai se sentir encorajado — tento puxá-lo pelos braços, mas ele nem chegou a se mover, ao contrário disso puxou-me contra si, tentando me beijar de novo — Diego! Você é mudo? Nossa, deve ser isso, você deveria ter me dito! Eu não iria me importar!
— Pare de me chamar de Diego! — disse rápido com a voz alterada, assustando-me.
Afastei-me alguns passos o mais depressa possível, foi puro instinto.
— Pelo menos você não é mudo — resmunguei pegando o celular no meu bolso.
Eu devo estar bastante traumatizada com o Christopher, foi como se ele estivesse aqui, brigando comigo.
Penso na possibilidade de apertar rápido duas vezes o botão liga/abaixar o volume para ligar a lanterna do meu celular e iluminar o rosto dele, entendo que ele deve ser tímido, mas eu simplesmente não posso continuar sem ver o rosto dele... Mas não consigo, não vou fazer nada contra a vontade dele, vou esperar que ele se sinta à vontade, ou sei lá, vou embora e desisto de tudo com ele.
Ele estendeu a mão para mim, convidando-me à me juntar a ele. Esse garoto pensa que eu sou o quê? Ele está visivelmente ignorando tudo o que eu falo! Ele está pensando o que? Que as mulheres foram feitas apenas para serem beijadas?
— Não vou negar que gostei de conversar com você por mensagens, gostei dos nossos beijos, gostei da sua pele, gostei do seu perfume, mas pessoalmente você é muito rude, acredito que fomos bastante precipitados ao marcar esse encontro.
Vi que ele pegou o celular e começou a digitar alguma coisa, tentei aproveitar a claridade da tela para conhecer o seu rosto mas é impossível, o nível de brilho está abaixo de zero, não sei como isso é possível.
Diego
Desculpe, eu
não sei o que fazer
20:39✔️
Reviro os olhos, será que ele sofre de problemas psicológicos? Ou tem problemas para interagir com os seres humanos e por isso se sai melhor com os celulares?
— Não sabe o que fazer? Como que escrever você escreve bem?
Diego
— É, desculpa
Sou muito complicado
20:41✔️
Nossa, eu realmente não tenho sorte com os meninos... Mas não posso ignorar o que eu senti aqui, não acredito que seja pura atração, é algo mais forte... Amor? Talvez, construímos uma conexão forte pelas mensagens, tão forte que eu acho sim que poderia ter se tornado em amor, eu acredito que o amor é um sentimento que nasce entre duas pessoas que se abriram um para o outro quando ambos estavam vazios, ou que possa nascer de uma amizade que sem ninguém perceber foi se tornando almo à mais, não sei como aconteceu com a gente, só sei que todo mundo diz que o amor é complicado, agora entendo o porquê.
— O que você sente por mim? O que você quer comigo? Devo lhe avisar que eu não vou fazer sexo com você, pra mim as coisas tem que ser mais que isso — falei em tom baixo, sentindo uma pontada de decepção.
Eu sei que ele me quer bastante, mas dá mesma forma que o idiota do Brian me queria, ou do jeito que o idiota do Charles me quer... Ou seja, o Diego pode ser só mais um idiota na minha vida.
Diego
Eu sinto uma
— Não, não senti e não sinto, será que você poderia conversar com a sua própria voz? Como vamos ser namorados se eu não pisos ouvir você dizendo que me ama? — questiono descaradamente, a minha vontade agria é de fazer um buraco na terra e me enterrar, mas falar isso foi mais forte do que eu, — e por que você não gosta que eu te chame de Diego? Prefere ser o Jack? — aproveito pra tirar satisfação de tudo.
Comigo é assim, ou é ou não é.
— Charlotte, eu até me arrependi, me deu pena de você — cara, não pode ser.
— Christopher? — senti um soco no estômago que quase me fez ser jogada para trás tamanho o susto que levei.
— Acho que depois dessa sua declaração de amor eu posso me declarar o vencedor eternamente, né gata? — é ele, é a porra do Christopher.
Dou alguns passos para trás, cambaleio na verdade, vergonha, raiva, ódio, tristeza, todos esses sentimentos horríveis me afogam de uma forma que do nada acabou o meu ar.
— Você?! Você é um louco, doente! — ligo a lanterna e ilumino a cara dele, eu não acredito, devo estar em um pesadelo. — Você deve me amar demais, não é isso? — minha voz saiu embargada.
Eu não vou chorar, não posso chorar na frente desse psicopata.
Ele está rindo?
— Charlotte, eu não te amo não, eu só queria provar pra você que todo esse ódio que você diz sentir por mim não passa de amor, você me ama Charlotte, eu tinha uma desconfiança disso, mas agora eu tenho certeza, me ama desde quando era aquela pirralha doida que achava que era minha esposa.
— Odeio você, odeio! Te odeio demais, te odeio tanto que chega a doer! — disparo já não conseguindo segurar as lágrimas, eu já perdi a dignidade mesmo então não me importo de chorar, dane-se tudo.
— Tudo bem, vai repetindo isso, mas repetir uma coisa mil vezes não torna isso verdade, não vou mentir não, adorei te dar uns amassos, se você pedir com carinho podemos repetir a dose qualquer dia desses, eu quero ver a sua carinha também — ligou a lanterna na minha cara, deixando-me completamente exposta, sinto-me rebaixada como se eu fosse o pior dos lixos.
— Isso, olhe para mim, olhe bem, mas olhe bem olhado, Christopher, — digo chorando até o talo, — porque essa é a última lembrança que você terá de mim.
Encarei-o por alguns segundos enquanto ele me olhava com cara de sonso, e então virei as costas e saí correndo, corri o mais depressa possível esperando que ele me segurasse pelos braços dizendo que tudo não passou de uma forma bizarra de dizer que sente muito, mas isso não aconteceu.
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