Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo romance Capítulo 46

Resumo de Capítulo 46: Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo

Resumo de Capítulo 46 – Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo por Tainara Duarte

Em Capítulo 46, um capítulo marcante do aclamado romance de Ficção adolescente Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo, escrito por Tainara Duarte, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo.

Charlotte

O silêncio dele foi a resposta mais reveladora que ele poderia dar... O que eu estava pensando? Por que ele iria querer se afundar junto comigo só pra se redmir por uma coisa que ele não entende a gravidade?

Estou ferrada, a minha vida acabou, todos os meus sonhos se foram pelo ralo e não há mais nada que eu possa fazer para reverter essa situação, e não sei de onde que eu tirei essa péssima ideia de que o Christopher poderia me... Arg, que vergonha eu sinto de mim mesma por ter proposto isso à ele.

Vim pra escola para que os meus pais não percebam que tem alguma coisa errada comigo. Não sei o que eu vou fazer, confesso que já me passou pela cabeça eu tentar um aborto, já que está bem no início do início da gestação isso seria bem fácil, está muito pequeno, minúsculo, não daria nem pra enxergar... Se eu abortasse isso não seria um assassinato, já que não é possível nem enxergar, né? Sei lá, não se sei se isso me ajudaria também, e se eu passasse o resto da minha vida me arrependendo de ter tirado? Já ouvi tantas histórias de pessoas que abortaram e se arrependeram depois, da mesma forma que eu ouvi histórias de mães solteiras que criaram seus filhos sozinhas. Só sei que eu estou completamente perdida. Não entendo como ainda estou em sã consciência. Não era pra eu estar me preocupando com essas coisas, eu deveria estar preocupada com coisas normais de jovens estudantes.

— Charlotte, que bom que você voltou, o colégio não seria a mesma coisa sem você — Ana Clarisse disse quando estávamos prestes a entrar  pela porta da sala de aula.

— Diga isso só por você — a Fernanda disse revirando os olhos passando pelo corredor.

— Não ligue pra ela, todo mundo sabe que ela morre de inveja de você.

— Ela não significa mais que um pelo de gato enroscado no meu sapato, entende, Ana? Não me importo com nada relacionado à ela.

E realmente, à essa altura do campeonato eu acho que não existe mais nada que possa me fazer mal.

Sentei-me no mesmo lugar de sempre, tudo parece estar do mesmo jeito, até o Christopher entrando pela porta deveria ser normal...

— Oi — disse parando em minha frente.

— Vaza — respondi sem olhar pra ele.

Ele se afastou.

Ele pensa o quê? Que somos amiguinhos? Nem que a vaca tussa.

— Charlotte, você está bem? Pensei que não fosse voltar tão cedo — Sara puxou assunto comigo.

Eu me sinto uma péssima amiga, eu deveria contar tudo pra ela, né? Eu sou muito covarde, muito.

— Depois a gente conversa, tá?

— Tudo bem, — sorriu.

Passei a aula toda tentando não chorar de novo, mas a minha vontade é de sair correndo e correr para longe, onde nunca ninguém vai me encontrar... só que infelizmente eu aprendi que fugir não é a solução.

Conversei amenidades com a Sara, sorrindo o tempo todo, as vezes que esbarrei com o Christopher eu fingi não notá-lo, e todas as vezes isso doeu dentro de mim, me sinto traída por ele. O amargor da extrema decepção não deixa a minha garganta em paz.

A escola acabou, prometi que no fim de semana eu e a Sara teríamos conversas esclarecedoras, ela aceitou e concordou, por enquanto eu tenho tempo pra pensar no que dizer para ela... Já para os meus pais, nem em trezentos anos eu saberia como explicar.

Cheguei em casa, dei um beijo no meu irmão e vim direto pro quarto, me tranquei e agora estou me lamentando... O que mais me resta?

Maldita hora em que eu aceitei namorar com o Christopher quando éramos crianças, foi naquele momento que a minha desgraça começou.

(...)

Já é noite, passei o dia todo trancada no quarto, mas agora os meus pais estão na casa e eu devo descer pra jantar... O peso nos meus ombros por toda responsabilidade, mentiras e segredos não me deixam ficar tranquila e não sei se eu vou conseguir fingir direito.

— Filha, percebi que você está meia quieta, está tudo bem? — minha mãe perguntou durante o jantar.

— Eu também percebi, mas não quis dizer nada porque eu não quis ser invasivo e quis te deixar quieta por enquanto.

— Querido, eu não estou sendo invasiva, só estou preocupada com ela!

— Não foi isso que eu quis dizer, amor.

— Gente, parem com isso, são as preocupações da minha vida, trabalhos de escola, tem o baile dos pais que vai acontecer na semana que vem, estou com a cabeça cheia.

So agora me lembrei dessa merda de baile... Mais essa pra minha lista de passar raiva.

— Oh, filha, me lembro muito bem de como a juventude pode ser complicada... — minha mãe sorri solidária.

A campainha tocou chamando a nossa atenção.

— Quem será que veio comer com a gente? — Gustavo perguntou, fofura em pessoa.

— Vou lá ver, deixem frango empanado pra mim! — meu pai brincou.

Rimos, tem muito frango empanado, é óbvio que vai sobrar pra ele... Se for por mim, eu não estou com vontade de comer nada.

Meus pais estão dando toda a atenção para o Christopher que já começou a dizer a fofoca do ano:

— Senhor e senhora Pelissary, eu não sei qual seria a melhor forma de contar, então resolvi não pensar muito... Eu engravidei a Charlotte.

Minha mãe derrubou no chão o copo de suco que havia pegado para oferecer pro Christopher, meu pai fez uma cara de espanto e ficou olhando pro Christopher como se ele estivesse sendo possuído por mil demônios, a cada segundo que passava sua cara ficava ainda mais fechada.

Eu não esperava por isso, levei as mãos à boca e comecei a chorar.

— Ora, seu atrevido! — meu pai partiu para cima do Christopher e o acertou na cara, ele caiu no chão e a minha mãe correu para tentar segurar o meu pai.

— Pare! Querido! Por favor!

— Você acabou com a vida da minha filha! Seu desgraçado! — chutou o Christopher e eu não sabia o que fazer.

Meu pai se ajoelhou e começou a enforcar o Christopher, meu pânico só aumentou.

Minha mãe pegou um copo de água e jogou no meu pai.

— Se afaste dele! Você está louco? — minha mãe disse em tom alto, — vamos ouvir o que a Charlotte tem à dizer? Vamos ser civilizados? Vem aqui, querido, sente-se e se acalme, — ela o puxou pelos braços e ele se sentou na cadeira, mas a sensação que eu tive é de que ele poderá pular no Christopher à qualquer momento.

— Filha, agora eu entendo você, esse garoto é um bastardo mentiroso mesmo, né minha filha? — meu pai questionou me olhando cheio de expectativas, eu só consigo chorar.

Minha mãe veio até mim com um copo de água.

Enquanto isso o Christopher tenta se levantar, cambaleando. Ignoro a água que a minha mãe me ofereceu e caminho até o Christopher.

— Desculpa, — falo chorando, ajudando-o a se sentar.

Reparei que o olho dele está roxo e a boca está sangrando enquanto ele me olha sentindo dores, mas a sensação que ele me passa é de compreensão.

Tudo culpa minha... Que merda, que merdaaaaaaa.

Agora fodeu tudo.

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