Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo romance Capítulo 47

Charlotte

Minha mãe está levando o Christopher pra casa e eu vim junto, ele insistiu bastante que conseguiria dirigir normalmente, mas não teve conversa, mamãe disse que é o mínimo que ela pode fazer depois da agressão pesada que o meu pai cometeu contra ele, e que quer pedir desculpas para a Camilla.

— E então? Como isso foi acontecer? — ela perguntou olhando para o Christopher pelo retrovisor, eu estou sentada na frente junto com ela.

— Mãe, não precisamos dar os detalhes, né?

— Eu quero deixar bem claro que não vou abandonar a Charlotte em momento nenhum.

Ah, que fofo, eu quase acredito que na verdade ele é um perfeito cavalheiro que estava esse tempo todo disfarçado de sapo.

— Você teve muita coragem em nos contar, não duvido de que será um ótimo pai... — Engulo em seco. No que eu fui me meter? — Espero que não guarde mágoas do meu marido, é que você deu a notícia de uma forma bombástica, se você tivesse dito com mais delicadeza talvez a reação dele não seria tão agressiva.

— Não vou guardar mágoa, ele tem as razões dele... Eu fui um tremendo irresponsável...

— Concordo, você foi bastante irresponsável, só que essa irresponsabilidade não partiu só de você, não é mesmo dona Charlotte?

— Mãe, eu sinto muito, me perdoa mesmo... Estou perdida, né? Eu poderia tentar algum chá, né? Dizem que chá de maconha é tiro e queda, o Christopher pode conseguir com os amigos dele e...

— Eu não faço a mínima idéia de onde eu poderia encontrar maconha — Christopher me interrompe, — de qualquer forma eu nunca concordaria com um aborto.

— Eu também não, Christopher, mas eu tenho apenas dezessete anos e ainda estou no colégio, eu não sei o que fazer...

— Charlotte, vamos dar um jeito, pare de dizer essas coisas, isso seria covardia e não uma solução, — Christopher rebate.

Minha mãe começa a chorar do nada, fico nervosa ao ver essa cena porque ela era a quem mais estava calma esse tempo todo.

— Mãe, eu-eu não faria isso, eu estou muito confusa e só falei por falar, eu não faria isso...

— Faria sim... — soluçou, — quando a gente se sente perdida somos capazes de cometer erros inimagináveis pensando estar tomando a decisão certa, oh, minha filha, eu realmente sinto muito que você esteja se sentindo assim.

— Eu... Só pensei, mas eu não faria, mãe, eu não sou corajosa o suficiente, tenho medo do que eu vou pensar de mim mesma pelo resto da minha vida, mas ao mesmo tempo eu tenho medo dessa nova realidade, porque isso muda tudo, todos os planos que eu fiz pra mim...