Connor voltou a si, sua voz carregava um tom um pouco mais contido.
“Tessa, eu realmente preciso conversar com você. Pode não agir assim? Não podemos ao menos fazer uma refeição juntos?”
“Desculpa, mas só de olhar para você, já perdi a fome.”
Uma fisgada aguda atravessou o peito de Connor. Será que as coisas entre nós chegaram a esse ponto?
“Sei que você ainda não superou o que aconteceu cinco anos atrás. Mas não se preocupe, eu vou corrigir tudo.”
“Connor, eu não preciso que você se meta na minha vida. Corrigir? Quem você pensa que é, algum caçador lendário de lobisomens da divisão ocidental de justiça?”
“Tessa, vamos. Vamos acabar nos atrasando para a aula da noite”, disse Nico, lembrando-a de que ainda estavam sem jantar.
Tessa assentiu e saiu com ele.
Connor encostou-se à porta do carro, sentindo-se completamente derrotado.
Tessa não lhe dava sequer uma oportunidade. Não importava o que dissesse, ela não queria escutar.
Algumas garotas próximas a Winona notaram que Connor havia vindo procurar Tessa e, imediatamente, mandaram mensagens para contar a ela.
Em seguida, foram direto até Connor.
“Sr. Connor, você voltou! Precisa defender a Winnie! A Tessa é péssima. Você nem imagina o quão arrogante ela é o tempo todo.”
“Sim! Ela vive atormentando a Winnie. Aposto que é inveja por você ter ficado com ela.”
“Com certeza. Sr. Connor, a Tessa é insuportável.”
Ouvindo todas aquelas calúnias contra Tessa, o peito de Connor se apertou.
Durante todos esses anos, ela havia aguentado tudo sozinha, suportando tudo em silêncio.
E o pior de tudo foi que, depois de tudo o que aconteceu naquela época, ele simplesmente a deixou, forçando-a a enfrentar tudo sozinha.
“Heh.” Connor soltou um riso frio. “Queria entender como uma lobisomem não desperta como a Tessa conseguiu intimidar a Winona, que já despertou há muito tempo.”


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