Nico encontrou Tessa e Ysabel e viu que Tessa estava simplesmente deitada na grama, tomando sol com calma. Ele ainda não conseguia acreditar no que via.
Afinal, qualquer garota enfrentando rumores daquele tipo teria ficado abalada, mas ela permanecia totalmente serena.
“Tessa, você está bem? Me desculpe, tudo isso é culpa minha. Se eu não tivesse te pedido para ir ao laboratório fazer o experimento, nada disso teria acontecido.”
Nico sentia-se profundamente culpado. Mas, como já era tarde para voltar, nenhuma palavra mudaria o que já tinha ocorrido.
Tessa se levantou da grama. A luz do sol estava forte demais, e ela precisou apertar os olhos.
“Você não fez nada errado. Isso não tem nada a ver com você. Pode ficar tranquilo, não importa o que estejam planejando, eu continuo firme aqui.”
Nico ficou surpreso. Ele tinha ido lá para confortá-la, mas não esperava aquela resposta. Será que ela esqueceu de que era ela quem precisava de apoio?
“Nico, eu queria te perguntar uma coisa agora: por que você tirou a jaqueta? Era só um experimento, então por que se despir? É justamente isso que gerou mal-entendidos.” A voz de Ysabel não soava amistosa. Nico podia até ser atraente, mas havia causado um problema sério para a Tessa.
Tessa só queria uma vida escolar tranquila; não parecia pedir muito, mas as pessoas insistiam em atormentá-la.
“Eu…” Por um instante, Nico ficou sem saber o que responder. “Desculpe.”
Parecia a única coisa que ele conseguia dizer.
“Já te falei, isso não tem nada a ver com você. E suas lesões, como estão?”, Tessa perguntou.
A família de Nico era uma dos lobisomens nobres mais influentes de Navoris. Na Navoris High, poucos ousariam mexer com ele.
“É, como você se machucou?”, Ysabel acrescentou.
“Não foi nada. Uns caras estavam falando demais, então dei um jeito neles.”
Quando Ysabel ouviu isso, seu tom hostil desapareceu.


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