Winona ficou olhando o carro de Evan desaparecer na distância, depois correu para alcançar Tessa. Agarrando o capuz do moletom dela, puxou com força.
“Tessa, qual é o seu problema? Sei que você está com ciúmes, mas como pôde me envergonhar daquele jeito? Não entende o quanto o Evan significa para mim?”
Mald*ta Tessa — por que ela tem que ser sempre tão arrogante e fria?
O rosto de Tessa se contraiu assim que sentiu o puxão no capuz.
“Solte!” Seus olhos deslizaram para o lado, frios e aguçados, carregando uma pressão invisível.
Winona estremeceu com o tom, mas não soltou.
“Estou avisando — Evan é meu. Nem pense em tentar conquistá-lo, ou — ah!”
Antes que pudesse terminar, Tessa girou e agarrou o pulso de Winona num movimento rápido, torcendo com força.
Winona soltou um grito agudo, o rosto empalidecendo.
“Tessa, solte…”, sussurrou, a voz fraca pela dor.
Fazia tempo desde que Tessa tinha lhe dado uma lição. Winona quase havia esquecido o quanto ela podia ser assustadora.
O aperto de Tessa aumentou um pouco.
“Não era você que estava toda arrogante há pouco? E aí, sumiu a coragem?”
Winona estava tão dolorida que não conseguiu responder. O suor escorria pela testa em gotas grossas.
Com um sorriso sarcástico, Tessa finalmente a lançou para trás. Winona cambaleou, segurando o pulso, os olhos cheios de pânico e descrença.
Tessa observou sua reação com divertimento.
“Se você tem tanto medo, por que continua me provocando? O que há de errado com você? Está tão desesperada assim?”
“Você-” Winona arfou. Ela realmente se atreveu a me insultar desse jeito?
“Eu não me envolvi com você porque achei que não valia a pena. Já esqueceu aquele escândalo das fotos? E a Anna, como ela está? Nada bem, né?”
Tessa sabia perfeitamente como Anna estava.
A menção a Anna fez o coração de Winona disparar.
“Tessa, e daí? Você não tem prova.”
“Prova?” O sorriso de Tessa tornou-se frio. “Não preciso de provas. Se quiser, garanto que você nunca mais consiga usar essa mão para desenhar. Acha que estou blefando?”
Winona estremeceu. Sabia que Tessa não estava brincando — ela tinha vontade e poder para isso.
Satisfeita com a expressão pálida dela, Tessa continuou.
“Então, fique quieta e viva essa vida patética. Não mexa com quem pode te esmagar.”
Dito isso, virou-se e saiu com uma atitude indiferente.
Winona tremia de raiva.
“Droga.”
Ela chutou a árvore ao lado, frustrada.
Sentia-se completamente insatisfeita com o rumo das coisas. Por que não consigo ganhar uma única vez desde que Tessa voltou de Falindale?
“Nico, não preciso de mais amigos.”
O brilho que voltou aos olhos dele desapareceu novamente.
“Ah…”
Olhando para ele, Tessa não sabia se estava sendo cruel demais. Mas não podia dar falsas esperanças.
“Não há chance entre nós.”
Melhor ser direta do que prolongar e machucá-lo mais tarde.
“Eu sei.”
Ela não gostava dele. Isso era claro. Não daria nem uma brecha.
“Aqui”, disse Nico, tirando um pacote de chicletes do bolso do uniforme. O sabor favorito dela.
Ele lhe entregou e se afastou.
Assim que Nico encontrou Tessa, Sharon já ficou sabendo.
Ela ascendeu um cigarro e soltou a fumaça enquanto ria friamente.
Tessa… sua garotinha inquieta. Ainda tentando conquistar meu filho?
O momento é perfeito. Os Lobisomens Mercenários do meu pai não têm missão há tempos.
Vamos ver como ela se sai numa lição de verdade.

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