Apaixone-se pela Garota Sem Lobo à Primeira Vista romance Capítulo 299

No instante em que Tessa se lembrou do sinal enviado pela Ordem Lightwing, o rosto frio e sombrio daquele homem surgiu em sua mente.

“O que foi? Ele entrou em contato com você?”, perguntou Samuel, claramente desconfortável com a reação dela.

“Está tudo bem. Consigo lidar com isso.” Não importava o que aquele homem estivesse planejando, ela estava preparada para enfrentá-lo.

Tessa nunca foi do tipo que fugia do perigo.

“Tessa, venha comigo para a organização médica dos lobisomens. É o único lugar onde ele não ousaria te tocar. Em qualquer outro, você corre riscos.”

“Samuel, já disse — não tenho medo dele. Pare de se preocupar comigo”, respondeu Tessa com tranquilidade. “Eu não sou mais a mesma Tessa de antes.”

Ninguém mais poderia pisar nela.

Mesmo assim, Samuel ainda parecia inquieto.

Tessa o empurrou suavemente na direção do portão.

“Vá logo. Senão, o avião vai decolar sem você.”

E aviões não esperavam por ninguém.

“Você… aconteça o que acontecer, lembre-se: cuide de si. Se algo der errado, me ligue. Eu volto, nem que isso me custe a vida.”

“Ah, por favor. Vá logo. Eu é que devia salvar você, não o contrário”, retrucou com um sorriso de canto.

Samuel lançou um olhar irritado.

“Tessa, você é mesmo cruel. Eu aqui, todo preocupado, e você dizendo uma coisa dessas? Tem ideia de como isso soa?”

Inacreditável. Enquanto todos estavam angustiados por causa dela, ela agia como se não fosse nada.

No fim, Samuel partiu contra a vontade.

Quando Tessa se virou, viu Landon esperando por ela. Ele acabara de estacionar o carro e vinha se aproximando.

“Ele foi embora?”

Landon não escondia o quanto se incomodava com Samuel. Afinal, ele e Tessa haviam enfrentado muita coisa juntos.

Qualquer um ficaria desconfiado de um vínculo tão forte.

“Foi, sim.”

“Então vamos.” Landon segurou sua mão e começou a andar.

No caminho de volta, Tessa ficou olhando pela janela, observando as ruas cobertas de neve, enquanto girava inconscientemente o anel de prata em seu dedo.

O mesmo anel de prata que aquele homem havia lhe imposto — para rastreá-la, para contatá-la sempre que desejasse.

Naquela época, ela ainda não tinha a força que possuía agora. Para escapar do controle doentio e da obsessão sufocante dele, teve que forjar a própria morte.

Aquilo exigiu planejamento meticuloso e o uso de uma habilidade única herdada por sua linhagem de lobisomem — uma que permitia suprimir completamente todos os sinais vitais.

Esse dom ancestral conseguiu enganá-lo. Enganou até seus lobos.

Desde então, ela tentou de todas as formas remover ou destruir o anel — mas nada funcionava.

Felizmente, o anel havia permanecido inerte por todo esse tempo. Ela torcia para que ele realmente acreditasse que ela estava morta.

Mas hoje… ele voltou a brilhar.

Isso significava que… talvez ele a tivesse sentido.

Aquele homem obsessivo, pensou ela, é claro que não aceitaria tão facilmente minha morte.

Ele continua tentando me encontrar…