Às 18h30, Ysabel estava a caminho da escola para as aulas noturnas. Ao se aproximar dos portões, avistou Queenie agachada ali, com o rosto pálido e abatido.
Ysabel não queria se envolver, mas Queenie parecia realmente mal. Com relutância, deu meia-volta.
“Queenie, você está bem?”
“Ysabel, minha barriga está doendo demais… Você pode me levar ao hospital?”
Ao ver Queenie claramente sofrendo, Ysabel hesitou por um momento, mas acabou ajudando-a a sair dali.
Às 19h, quando as aulas começaram, Ysabel ainda não havia retornado.
Tessa saiu da sala para ligar para ela.
“Ysabel, onde você está? Por que não veio para a aula?”
“Tessa, sou eu. Se quiser que a Ysabel continue segura, é melhor vir até aqui agora.”
Ao ouvir a voz de Queenie do outro lado da linha, a expressão de Tessa se fechou.
“Queenie, se a Ysabel sair com um arranhão sequer, você vai se arrepender. Pode apostar.”
Queenie respondeu somente com uma risada fria.
Venha sozinha, Tessa. Se ousar trazer alguém, vou garantir que ninguém reconheça o rosto da sua amiga.”
Ela desligou e enviou a localização pelo celular de Ysabel.
“Você sabe com quem está lidando, Queenie? Está completamente louca por me sequestrar!”, protestou Ysabel, encarando Queenie com raiva.
“Ysabel, a culpa não é minha. Culpe a Tessa. Se não fosse por ela, você não passaria por isso.”
“Você perdeu completamente o juízo!”, Ysabel gritou, furiosa.
“Façam-na calar a boca”, ordenou Queenie.
Um dos lobisomens ao lado dela se aproximou e colou uma fita na boca de Ysabel.
Ysabel fervia de raiva.
Esses idiotas ainda vão pagar caro por isso.
“Você realmente acha que a Tessa virá?”, perguntou Hector Locke, mercenário lobisomem e primo de Queenie.
“Ela virá, Hector. Pode confiar”, garantiu Queenie.
Hector era obcecado por Tessa há anos. Naquela noite, ele acreditava que finalmente teria sua chance — ou assim pensava.
Enquanto isso, Tessa chegava ao local: uma fábrica abandonada.
Mas Hector não conseguia se mover. Estava hipnotizado.
“Você gosta de mim?”, Tessa perguntou, com um tom suave.
“Gosto”, ele admitiu sem hesitar.
“Então amarre a Queenie para mim”, disse Tessa, com uma voz gentil, porém firme.
“O quê?”, Hector arregalou os olhos, confuso.
“Se você gosta realmente de mim, vai fazer isso. Ou será que esse ‘gostar’ é só da boca para fora? Nem isso você consegue fazer por mim?”
Mesmo com seu tom suave, Tessa exalava uma presença poderosa, e sua beleza hipnotizante intensificava cada palavra.
O desespero tomou conta de Queenie.
“Hector, não dê ouvidos a essa maluca!”
Tessa ergueu uma sobrancelha.
“É isso que você chama de amor? Pode esquecer. Tem muita gente por aí que gosta de mim bem mais do que você.”
“Tessa, para com esse joguinho!”, gritou Queenie, a voz carregada de nervosismo. Por que ela não está com medo? Por que ela parece sempre inatingível? Vou destruir essa máscara arrogante!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Apaixone-se pela Garota Sem Lobo à Primeira Vista