Assim que Lila soube que Yardley havia sequestrado Walter, correu para a sala de estar assim que ele retornou em segurança, com uma expressão visivelmente preocupada.
“Pai, está tudo bem com o senhor?”, perguntou suavemente.
Toda a situação havia sido assustadora.
Walter apenas assentiu com um leve movimento de cabeça.
Winona também estava presente.
“Vovô… meu pai realmente te sequestrou?”, perguntou, ainda tentando acreditar naquilo.
Lila lhe deu uma cotovelada discreta. Essa menina não sabe medir as palavras? Como pôde perguntar algo assim naquele momento? Imediatamente se arrependeu de ter lhe contado qualquer coisa.
“Winona, suba e veja se seu pai já acordou. Isso não diz respeito a você”, disse, tentando retirá-la da sala.
Mas, naquele instante, Tessa entrou — e assim que Winona a viu, se jogou no sofá.
“Mãe, se ela pode ficar aqui, por que eu não posso? Eu também sou sua filha, não sou?”
Não importava a situação, Winona sempre achava um jeito de se comparar a Tessa.
“Winona…” A voz de Lila veio carregada de advertência. Ela não percebia que o avô já estava no limite?
Contrariada, Winona subiu as escadas, batendo portas com força. Trancada em seu quarto, sentia-se invisível, como se todos só enxergassem Tessa.
Tessa se aproximou de Walter e sentou-se ao seu lado, servindo-lhe uma xícara de chá com as próprias mãos.
“Yardley ainda não acordou?”, perguntou, olhando para Lila.
Tendo presenciado a força assustadora de Tessa na Corporação Sinclair, Lila agora se sentia um pouco intimidada — pela filha que costumava desprezar.
“Ainda não… Vou dar uma olhada”, murmurou, apressando-se a subir as escadas.
Tessa não se incomodava em esperar. Yardley tinha uma dívida — e ela pretendia cobrá-la.
Nesse instante, dois novos rostos surgiram na entrada.
Eram ágeis e imponentes, exalando a ameaça silenciosa típica dos guerreiros da Matilha Nightshade. Mas, por fora, pareciam comuns — perfeitos para se misturarem com civis, tornando-os ideais como seguranças pessoais.
“Srta. Tessa”, disse um deles com respeito. “O Alfa nos enviou. A partir de agora, a segurança de seu avô está sob nossa responsabilidade.”
“Se querem protegê-lo, primeiro mostrem do que são capazes.” A voz de Tessa era calma, porém séria.
“Chega de conversa. Vamos lá para fora.”
A força falava por si. Se não pudessem provar serem dignos, ela não arriscaria — não importava quem os tivesse mandado.
Os dois se entreolharam.
“Muito bem. Mas depois não diga que não avisamos.” Era melhor deixar os termos claros desde o início.
Walter os interrompeu, a voz firme: “Tessa, não seja imprudente. Esses dois são guerreiros de elite da Matilha Nightshade. Mesmo com a aura lupina contida, ainda sinto a pressão — e eu sou um alfa velho. Pode confiar neles.”
Ele já conhecia a verdadeira identidade de Landon — e confiava nele plenamente.
Tessa ficou sem palavras.
Imprudente? Ela só queria agir com cautela.
“Vovô, está tudo certo. Sei me cuidar.”
Com isso, conduziu os dois lobisomens até o pátio.
Estava na hora de descobrir se eram realmente dignos da missão que lhes foi dada.

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