Apaixone-se pela Garota Sem Lobo à Primeira Vista romance Capítulo 355

Nathan já estava em Falindale há três dias. Havia mobilizado toda a rede clandestina de lobisomens, mas ainda não havia conseguido encontrar nenhum vestígio de Tessa. Já estava prestes a desistir da busca naquela região.

Jamais esperava avistar, de repente, aquela silhueta tão familiar — a única garota que reconheceria mesmo se restassem apenas cinzas dela.

Ao ver o Alfa daquele jeito, o beta ao seu lado cerrou os punhos.

Ele sabia muito bem o que aquele brilho rubro nos olhos de Nathan significava. Quando a marca do lobo cintilava em vermelho, era sinal de que a possessividade do Alfa estava prestes a transbordar.

A garota que um dia havia virado o mundo dele de cabeça para baixo tinha retornado.

O anel prateado no dedo anelar de Tessa era idêntico ao que Nathan usava — um par de Laços da Caçada Lunar, forjados por ele mesmo.

Gravado no interior das alianças, havia um encanto lunar selado com o sangue de ambos — um vínculo quase tão poderoso quanto o de companheiros destinados, que permitia rastrear sua localização conforme as fases da lua.

Antes de fingir sua morte, Tessa destruíra propositalmente a pedra de ressonância dentro do anel — o núcleo que sustentava o pacto. Mas Nathan acreditava que havia sido quebrada por alguma força externa. Phantom.

Para restaurar o vínculo, ele realizou um ritual proibido — a Reformulação da Lua Sangrenta — no altar da Matilha Nightshade, sacrificando o sangue de cem lobos adultos.

O feitiço liberou uma névoa carmesim impregnada de energia lunar selvagem, queimando todas as marcas de lobisomem num raio de dez milhas até virarem cinzas negras. Até mesmo o Tribunal da Lua Prateada, do Conselho, foi enviado para investigar.

O beta lançou um olhar preocupado aos dedos trêmulos de Nathan, sentindo um nó amargo na garganta. A consequência daquela magia proibida havia deixado o Alfa incapaz de se transformar por um ano inteiro. E até agora, seus poderes lupinos não haviam se recuperado totalmente.

Agora que finalmente avistara a garota que havia desaparecido sem deixar rastro — quem poderia prever a loucura que esse Alfa à beira do colapso poderia desencadear?

…

Enquanto isso, Tessa levava Landon até o portão principal da Escola Secundária número 1 de Falindale.

Landon sabia que aquele havia sido o colégio dela — embora suspeitasse de que sua passagem por lá não tivesse sido muito feliz.

“Por que não estamos entrando pela frente?”

Tessa já se dirigia para o muro lateral, claramente planejando escalá-lo.

“Eles não deixam qualquer um entrar. E, na época, eu era meio famosa por aqui.”

Ela o conduziu até o ponto onde costumava subir. Era o melhor acesso — e o mais importante: sem cerca elétrica.

“O quê? Quer que eu te dê um impulso?” Com as habilidades de Landon, escalar aquele muro não seria nenhum desafio.

Ele ergueu uma mão, agarrou o topo e se impulsionou com facilidade.

Se tivesse estado lá, teria protegido-a de tudo isso…

Mas não existia ‘se’ nesse mundo.

Depois de duas voltas pelo campo, Tessa começou a se cansar e sentou-se. Landon se deitou ao lado dela.

Era um dia bonito — a luz do sol, rara no inverno, atravessava as nuvens e aquecia suavemente a pele de ambos.

Landon não esperava que ela o levasse até ali. Mas estava gostando daquilo.

Sentia pesar por não ter frequentado o ensino médio ou a faculdade com ela. E não conseguia evitar o pensamento de que talvez fosse velho demais para ela.

Passaram mais de uma hora explorando o colégio. Tessa já estava quase cochilando quando o celular tocou — era Dream.

Ela se levantou e se afastou alguns passos para atender.

Landon sentiu uma pontada de decepção por ela não ter atendido ao lado dele.

Ainda assim, seus olhos continuaram fixos nela. Ela está aprontando de novo… o que será que veio fazer em Falindale dessa vez?