Ele permaneceu ali por um longo tempo, imóvel.
Herdar os Mercenários Coldfang era uma responsabilidade que lhe cabia, não uma escolha.
Finalmente, ele avançou. Um dos assistentes saiu à frente e abriu a porta do carro para ele.
“Sr. Avery, o Sr. Xavier também chegou.”
Avery entrou no carro e encontrou o pai sentado no banco de trás — uma presença dura, autoritária e sufocante.
Avery franziu a testa.
“O quê? Tem tanto medo de eu fugir que veio pessoalmente?”
“Você estava chorando”, disse Xavier Marson diretamente. Não era uma pergunta, era uma constatação.
Avery não respondeu.
Não importava o que dissesse. Seu pai nunca entenderia. No mundo de Xavier, existia apenas força, apenas os Mercenários Coldfang.
Ele já havia aceitado voltar e assumir os Mercenários. Isso bastava. Não havia mais nada a acrescentar.
“Avery, te dei cinco anos. Durante esse tempo, você fez o que queria. Agora é hora de voltar. Então não pode me culpar.”
Como pai, oferecer cinco anos de liberdade já era um gesto raro de gentileza.
“Entendi. Vamos.” Avery fechou os olhos, a voz carregada de cansaço.
Ele compreendia seu dever. Sabia que Xavier havia esperado pacientemente durante cinco longos anos. Mesmo que não fosse o que desejava, não podia mais viver de forma egoísta…
Xavier abriu a boca para falar algo mais, mas ao ver o cansaço marcado no rosto do filho, permaneceu em silêncio.
“Vamos”, disse finalmente ao motorista.
No palco, Steven ainda permanecia ali, relutante em sair.
Aquele era o palco que mais amava no mundo.
Ele teria feito qualquer coisa por ele.
Mas naquela noite… tudo chegava ao fim.
“Steven, está na hora de ir”, disse Tessa suavemente. Landon ainda a esperava lá embaixo, mas ela não podia deixar Steven sozinho.
Ele havia se dedicado tanto a este concerto, ensaiando sem parar, sem jamais reclamar.
Mesmo naquela noite, permaneceu calmo e sereno.
Mas era justamente essa serenidade que a preocupava. Por isso, permaneceu por perto.

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