CIDADE DE OKLAHOMA, OKLAHOMA
Duas semanas depois da visita ao médico, Isadora Collins estava sentada em seu quarto com sua melhor amiga, Anna, que a visitou quando soube que ela estava de volta à cidade.
Elas eram amigas há mais de dez anos, desde o ensino médio, e embora Isadora tenha deixado a cidade depois da faculdade em busca de emprego, elas mantiveram contato uma com a outra, se visitavam de vez em quando e passavam bons momentos juntos.
E Isadora descobriu que sua amiga ainda era uma nerd amante de fantasias como há dez anos.
"Contos de fadas?" Isadora franziu a testa para o livro nas mãos de Anna, que ela não tinha largado desde que chegou.
"Um livro novo. Caramba, você precisa ler esse livro, é perfeito." Ela virou a página seguinte com as sobrancelhas franzidas em ardente concentração.
Isadora rabiscou o número dez da sua lista: "Não, obrigada. Não tenho interesse. Não acredito que você não mudou nada nos últimos dez anos. Você continua lendo fantasias que não existem. " Ela não tinha nada contra os livros, mas sua melhor amiga podia passar uma eternidade lendo contos de fadas. Esse é um jeito de viver a vida?
"Você precisa ler este. Dr*ga, tô apaixonado pelo herói. Ele é um Alfa." Os olhos da Anna assumiram uma expressão sonhadora. "Eu tenho uma queda por machos Alfa. Eles são perigosos, mas muito sexys. Esses homens existem, você sabe, né?"
"Uh-huh. Você sempre teve uma queda imensa por idiotas. Só lembre de manter a realidade bem separada dos seus livros de fantasia. Homens que se transformam em animais? Sim, claro."
Anna não estava falando nenhuma novidade. Essa discussão sempre existiu entre elas, mas, apesar disso, não atrapalhava a amizade.
"Os Changelings possuem personalidades dominantes e possessivas. Eles nunca traem seus parceiros e quando se casam é pra sempre. O amor deles permanece vivo pela eternidade, renovado a cada lua cheia." Os olhos brilhantes e sonhadores dela estavam voltados para o teto branco. "Os Changelings predadores possuem tudo isso, mas os Alfas levam isso à um patamar totalmente novo. Você não quer um homem assim?"
A atenção da Isadora estava na lista que ela havia feito e ela não ouviu o que a Anna disse.
"O que é isso?" Anna ficou irritada com a negligência da amiga e com o fato que, depois de mais de uma década, Isadora ainda zombava dos seus sonhos.
Ela se perguntou que tipo de homem sensível a Isadora acabaria por encontrar.
"Não, nada." Isadora entrou em pânico e tentou esconder o seu segredo, mas já era tarde demais.
"Dora?" Sua melhor amiga estreitou os olhos com desconfiança e mostrou sinais de estar ficando com raiva.
Manter a lista oculta seria inútil, percebeu Isadora. Conhecendo tão bem sua linda e rechonchuda amiga hispânica, ela não pararia até que sua curiosidade fosse saciada.
Após respirar fundo, Isadora retirou a lista das costas: "Tá bom. Eu fiz a lista." Ela admitiu.
"Lista?" Anna perguntou, com as sobrancelhas franzidas em confusão.
"Sim. Lista. Sabe, a lista que eu disse que ia fazer."
"A lista!?" Os olhos da Anna se arregalaram e sua voz saiu como um grito abafado. Guardando o telefone, ela olhou em volta para se certificar de que ninguém estava por perto antes de olhar para a amiga: "Você tava falando sério!?"
Não havia mais ninguém na casa térrea antiga, porém bonita, exceto as duas. Isadora acenou com a cabeça: "Sim, tava."
"Deixa eu ver, deixa eu ver." Sua amiga mergulhou em direção ao papel branco e Isadora a deixou pegar. Ela desdobrou o papel, então seus olhos o percorreram e fixaram as palavras.
"Minha lista de tarefas para os próximos três meses?" Anna leu em voz alta e lançou um olhar para a amiga. Isadora encolheu os ombros. Anna voltou sua atenção para o pedaço de papel e começou a ler em voz alta:
"Um: ir à um clube e me divertir. Dois: ter um caso de uma noite só com um estranho." Pausa. Anna olhou para a amiga: "Sério? Você vai fazer s*xo com um estranho?"
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