Apenas Clara romance Capítulo 115

No dia seguinte, Clara Rocha saiu da sala de estar e viu Amanda cuidando do jantar da noite anterior. Enquanto descartava a comida, Amanda resmungou:

— Um jantar tão caprichado, ninguém comeu! Com esse calor, tudo desperdiçado!

Clara Rocha apertou os lábios.

Ela mesma havia preparado o jantar na noite anterior e avisado João Cavalcanti.

Mas ele não voltou para casa.

Pelo visto, o que aconteceu ontem realmente o irritou.

— Senhora, já acordou? — Amanda terminou de organizar a mesa e levantou o rosto para Clara. — Esse jantar...

Clara forçou um sorriso.

— Eu preparei para ele. Achei que voltaria.

— O senhor deve ter ficado muito ocupado. — Amanda falou, e então, como se lembrasse de algo, sorriu. — Que tal levar café da manhã para o senhor? A senhora sempre costumava preparar o café dele pessoalmente!

Clara concordou.

Ela preparou um café da manhã simples, embalou e levou para o Grupo Cavalcanti.

Depois do ocorrido ontem, todas as recepcionistas já a conheciam. Ao vê-la, ninguém a impediu e ainda a receberam com cordialidade:

— A senhora veio ver o Presidente Cavalcanti?

Clara deixou a marmita sobre o balcão.

— Poderia entregar este café da manhã para a Nádia?

A recepcionista se surpreendeu um pouco, mas logo sorriu e respondeu que sim.

Assim que Clara saiu, a funcionária levou a marmita até Nádia Santos, avisando que havia sido um presente de Clara Rocha.

Nádia ficou intrigada.

Srta. Rocha mandando comida para ela?

Mas, refletindo um pouco, logo percebeu para quem era realmente aquele café. Só achou estranho: será que a Srta. Rocha havia mudado de ideia?

Ela levou o café até a sala de João Cavalcanti, que estava junto à janela, falando ao telefone.

Esperou até ele terminar a ligação e então bateu à porta.

— Presidente Cavalcanti.

João guardou o celular.

— O que foi?

— Café da manhã enviado pela Srta. Rocha.

O olhar de João pousou sobre a marmita nas mãos dela. Seu olhar se estreitou.

Na noite passada ela havia feito o jantar, agora, café da manhã...

Era como de costume, aquelas coisas aparentemente inúteis, e, ainda assim, totalmente diferentes desta vez.

Por causa de Hector Rocha, ela estava realmente empenhada.

Ele reprimiu a expressão.

— Deixe aí.

Nádia colocou a marmita na mesa. De repente, uma voz infantil soou do corredor:

— Tio João!

Samuel Teixeira entrou saltitando de alegria, seguido de perto por Chloe Teixeira.

João franziu a testa ao ver o menino à sua frente.

— Seu joelho não estava machucado? Por que está pulando desse jeito?

— Mas já não dói mais! Agora consigo andar direitinho!

Chloe pegou a mochilinha do filho.

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