Apenas Clara romance Capítulo 336

— Isso não é da sua conta. A filha da família Alves só pode ser eu.

Após desligar o telefone, Gabriela Martins não levou as palavras de Chloe Teixeira a sério.

O exame de DNA já dizia tudo: ela era biologicamente uma Alves. Que diferença fazia com quem aquela mulher se parecia?

Chloe Teixeira soltou uma risada de indignação ao perceber que Gabriela Martins era ainda mais arrogante do que ela própria.

— Que imbecil sem noção — pensou.

Foi ela quem, no passado, incentivou Gabriela Martins a substituir Clara Rocha e se tornar a “salvadora” de João Cavalcanti. Depois, quando Gabriela virou a herdeira dos Alves, Chloe já desconfiava.

— Como poderia ser tanta coincidência? — refletiu consigo.

Mas, desde que não fosse Clara Rocha, não havia nada de negativo para ela se aquela garota tola ocupasse o lugar de filha dos Alves.

Chloe tinha convicção: Gabriela ainda viria procurá-la.

No dia seguinte.

No escritório de advocacia.

Clara Rocha esperou alguns minutos sentada no sofá até que o advogado entrou carregando uma pasta.

— Sra. Cavalcanti, peço desculpas por tê-la feito esperar.

— João Cavalcanti não assinou. Quero me divorciar mesmo assim, sozinha — disse Clara, empurrando um envelope recheado de dinheiro para o advogado. — Posso pagar mais.

O advogado ficou visivelmente desconfortável.

— Bem… Sra. Cavalcanti, preciso ser sincero. Não só eu, mas nenhum advogado na Cidade Capital aceita mais um caso contra o Presidente Cavalcanti.

Ele devolveu o envelope cuidadosamente.

— O dinheiro que recebi será devolvido logo mais. Ou a senhora busca outro caminho, ou… simplesmente conviva separada do Presidente Cavalcanti por dois anos.

Clara olhou para o dinheiro devolvido.

— João Cavalcanti entrou em contato com você?

O advogado hesitou, mas seu olhar já dizia tudo.

Sem insistir, Clara recolheu o dinheiro da mesa e saiu.

Ao deixar o escritório, tentou contatar outro advogado de divórcios. Como esperado, ao ouvir o nome “João Cavalcanti”, o profissional recusou imediatamente.

Descendo os degraus da calçada, Clara viu um Mercedes estacionado junto ao canteiro. O homem que desceu do carro era José Cruz, alguém que ela não via havia muito tempo.

Ele estava visivelmente mais magro, sem o brilho de antes.

O centro de pesquisa do sono ficava a poucos metros do escritório. Quando viu Clara Rocha, José demonstrou surpresa.

Parou diante dela.

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