Apenas Clara romance Capítulo 443

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Sra. Barbosa levantou-se sorrindo:

— Que coincidência, o Presidente Cavalcanti também chegou.

Ao terminar a frase, voltou-se para Clara Rocha:

— Sra. Cavalcanti, tem certeza de que não veio acompanhada do Presidente Cavalcanti?

Clara desviou o olhar e esboçou um sorriso constrangido:

— Foi apenas uma coincidência.

— Então a Sra. Cavalcanti também está aqui. Que ótimo! Hoje o Presidente Cavalcanti e a Sra. Cavalcanti ficam para jantar conosco. Faz tempo que nossa casa não está tão animada! — disse o Presidente Barbosa à esposa.

Sra. Barbosa respondeu com outro sorriso:

— Vou pedir para a cozinha preparar tudo.

João Cavalcanti acompanhou o Presidente Barbosa até a mesa, sentando-se justamente em frente a Clara Rocha. Ela virou ligeiramente o rosto, desviando o olhar, e pegou a xícara de café da mesa, levando-a à boca apenas de modo simbólico.

— Sra. Cavalcanti tem uma relação próxima com minha filha, veio visitá-la desta vez por causa dela, não é? — perguntou de repente o Presidente Barbosa.

Clara Rocha parou o movimento e assentiu:

— Pensei que ela estivesse em casa, por isso vim procurá-la.

— Ela não está, mas na próxima semana teremos a festa de casamento. A Sra. Cavalcanti pode comparecer com o Presidente Cavalcanti.

Clara esboçou um sorriso, abaixando o olhar. O Presidente Barbosa parecia bastante satisfeito com o casamento arranjado. Como ela poderia convencer a família Barbosa de que a aliança com os Freitas talvez tivesse outros interesses por trás?

João Cavalcanti ergueu as sobrancelhas, fitando Clara Rocha distraída, e tomou um gole de café despreocupadamente:

— Falam por aí que Zeus Freitas é bastante ambicioso e habilidoso. Srta. Barbosa, sendo a única filha do Presidente Barbosa, será que o senhor realmente confia na família Freitas?

O Presidente Barbosa ficou surpreso com a pergunta, refletiu por alguns instantes e respondeu:

— Não tive muito contato com ele, mas você conhece a situação atual da minha empresa. Se ele prometeu me dar dez por cento das ações do Grupo Norah, é porque não está interessado nas nossas economias.

Possuir dez por cento das ações do Grupo Norah já o tornava um acionista central. Dada a posição do Grupo Norah atualmente, dificilmente seria subestimado no futuro.

João Cavalcanti apenas sorriu, sem dizer palavra.

Mas havia em seu sorriso um leve tom de ironia, talvez até de desprezo.

Nesse momento, Clara Rocha levantou-se devagar:

— Posso usar o banheiro?

— Claro — respondeu o Presidente Barbosa, pedindo à empregada que a acompanhasse.