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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 108

O coração de Gabriel estava tão mole que ele mal conseguia se controlar. Sua garganta se apertou, o pomo de adão subiu e desceu, e, com a voz rouca, ele finalmente cedeu:

— Pode beijar... Só um beijo.

No segundo seguinte, Gabriel sentiu um toque quente e macio pousar em seu rosto. Os lábios de Helena deixaram uma marca de batom vermelho em sua pele, adicionando um toque de desordem sedutora à sua beleza impecável.

Gabriel parou no mesmo instante. Seus passos congelaram, as pupilas se contraíram e seu coração disparou como se fosse explodir do peito. O lugar onde ela o beijara parecia formigar, e a sensação se espalhou como um choque elétrico por todo o corpo.

A proximidade entre os dois fazia com que o cheiro de álcool misturado ao perfume doce de Helena invadisse o nariz de Gabriel, deixando-o completamente atordoado. Sua respiração ficou irregular, e ele lutava para manter o controle. A voz dele saiu baixa, rouca, carregada de emoção:

— Helena...

Helena estava completamente fora de si, inconsciente do quanto sua atitude era provocante. Gabriel, um homem jovem e cheio de vida, sentia-se no limite, incapaz de ignorar o efeito que ela tinha sobre ele.

Como se não bastasse o beijo no rosto, Helena, abusando da embriaguez, puxou a gola da camisa de Gabriel e plantou outro beijo em seu queixo.

— Gabriel... — Ela sussurrou, arrastando o final da palavra com um tom manhoso.

Os beijos de Helena eram como pequenas gotas de chuva caindo em seu rosto. Gabriel segurava o ar no peito, sentindo como se formigas rastejassem por seu coração, enquanto um toque leve como uma pena provocava uma coceira insuportável.

Mateus, que assistia a tudo, exclamou:

— Eu não consigo assistir isso!

Ele cobriu os olhos com a mão, mas logo abriu os dedos e espiou, incapaz de resistir à curiosidade.

Xavier, ao lado, lançou um olhar de canto para ele, sorrindo de forma irônica:

— Se quer olhar, olha de uma vez. Eu também nunca vi o Gabriel assim. É realmente uma cena rara.

As luzes de néon passavam rapidamente pelas janelas, iluminando o interior do carro com flashes de cores. Gabriel mantinha as mãos firmes no volante, mas sua mente estava um caos. Ao lado dele, Helena estava recostada no banco, com a cabeça tombada de lado. Alguns fios de cabelo bagunçados cobriam parte do seu rosto, escondendo os olhos enevoados pelo álcool.

Quando chegaram ao prédio, Gabriel estacionou o carro e deu a volta para abrir a porta do passageiro. Ele desatou o cinto de segurança de Helena e a pegou no colo, carregando-a como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

Helena, que até então estava inquieta, parecia ter se acalmado. Ela estava aninhada no peito de Gabriel, respirando de forma ritmada, como se tivesse adormecido.

Gabriel, com seus quase um metro e noventa de altura, parecia ainda maior carregando Helena, que era pequena e delicada em comparação. Nos braços dele, ela parecia uma figura frágil, completamente dependente de sua proteção.

Gabriel percebeu que ela estava realmente dormindo e, por isso, diminuiu o ritmo dos passos. Ele caminhava com cuidado, temendo acordá-la.

Na porta do apartamento, ele usou o dedo de Helena para desbloquear a fechadura biométrica. Ao entrar, acendeu as luzes da sala, revelando um ambiente espaçoso, organizado e impecavelmente limpo.

Gabriel caminhou até o quarto e, com todo o cuidado, colocou Helena na cama. Ele a ajeitou com delicadeza, certificando-se de que ela estava confortável e de que nada a incomodava.

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