Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 110

110 /530

Confirmando que Helena tinha adormecido profundamente e não faria mais nenhuma travessura, Gabriel saiu do quarto em silêncio, com passos leves, e foi para a sala.

O apartamento era simples, com dois quartos e uma sala, mas o outro quarto não tinha cama. Isso deixava Gabriel sem alternativa: teria que se virar no sofá da sala naquela noite.

A noite estava tranquila, e ele conseguiu dormir bem, mesmo no sofá.

…

Na manhã seguinte, o céu começava a clarear.

Helena, que tinha o hábito de dormir cedo e acordar cedo, despertou naturalmente no horário de sempre. Porém, o efeito da ressaca a atingiu com força. Sua cabeça latejava e, por alguns minutos, ela ficou sentada na cama, esperando sua mente se organizar.

Ela se esforçou para lembrar o que tinha acontecido na noite anterior. Helena recordava vagamente que havia saído com os colegas para um jantar, e que depois foram a um bar. Ela sabia que tinha bebido um pouco, mas o resto era um borrão.

Helena lembrou de flashes confusos: depois de algumas bebidas, parecia que um homem tinha aparecido. E pior, ela tinha ficado agarrada nele, dizendo coisas sem sentido.

O pensamento fez seu corpo inteiro congelar. De repente, ela estava completamente desperta. Meu Deus, o que ela fez? Se Gabriel soubesse que ela tinha ficado de brincadeiras com outro homem, como ela explicaria aquilo? Será que ele ficaria com ciúmes?

Helena não tinha medo de que Gabriel ficasse bravo com ela. O que realmente a preocupava era a possibilidade de ele se sentir magoado. Ela se importava profundamente com os sentimentos dele e não suportaria deixá-lo chateado.

Jogando o cobertor para o lado, Helena se levantou rapidamente. Mas, ao olhar para si mesma, parou de repente.

Ela estava de pijama. “Pijama? Quando eu troquei de roupa? Como eu cheguei em casa ontem?”

Essas perguntas ecoavam em sua mente enquanto ela abria a porta do quarto e caminhava em direção ao banheiro. Mas, assim que ergueu os olhos, Helena congelou novamente.

Na sala, esticado no sofá, estava Gabriel.

Ele estava com uma manta cobrindo o corpo. Suas pernas compridas ultrapassavam o limite do sofá, e seus pés estavam apoiados no braço da mobília. Ele dormia tranquilamente, com o queixo levemente elevado, destacando sua mandíbula perfeita.

Helena arregalou os olhos. Gabriel estava aqui? Meu Deus! Será que ele tinha ido até o bar buscá-la? Será que ele viu alguma coisa? Será que ele viu... Ela agarrada com aquele homem?

Ela tentou forçar a memória, mas não conseguia se lembrar da aparência do homem. Isso só aumentava sua ansiedade. Helena sentiu o rosto esquentar de vergonha. Como ela enfrentaria Gabriel agora?

No entanto, ao olhar para ele dormindo, tão relaxado e bonito, Helena perdeu momentaneamente sua linha de pensamento. Ele parecia ainda mais atraente enquanto dormia, com os traços perfeitos e a expressão serena.

A manhã estava silenciosa, e a única coisa que Helena conseguia ouvir era o som do próprio coração batendo acelerado.

Vendo o corpo alto e forte de Gabriel encolhido no sofá, Helena sentiu uma pontada de culpa e tristeza. Ele devia estar desconfortável ali. Movida por um impulso, ela se aproximou e ficou parada na frente dele.