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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 119

Gabriel parou de caminhar, franziu a testa e olhou para Beatriz por um momento. Em seguida, ele desviou o olhar para Leonardo, que estava parado logo atrás dela, e perguntou em um tom calmo, mas provocativo:

— Leonardo, cadê o seu cavalheirismo?

Beatriz ficou paralisada, encarando Gabriel em completo choque e incredulidade.

O rosto de Leonardo escureceu ligeiramente. Ele ergueu os olhos e encontrou o olhar calmo e impassível de Helena. Por um instante, ele se perguntou se Helena realmente havia superado o passado ou se ela estava apenas fingindo. Será que, se ele ajudasse outra mulher a atravessar o rio na frente dela, Helena ficaria com ciúmes?

Com esse pensamento, Leonardo estendeu a mão para Beatriz e, com uma voz gentil, disse:

— Beatriz, não precisa ter medo. Eu te ajudo.

Beatriz abaixou os olhos e, com os dentes cerrados, sussurrou em um tom que apenas os dois podiam ouvir:

— O que você está fazendo? Eu queria que o Gabriel me ajudasse.

Leonardo respondeu com um leve sarcasmo:

— Ele deixou claro que não vai te ajudar. Vai ficar parada no meio do rio para sempre?

— Não sou obrigada a aceitar a sua ajuda.

— Como quiser. — Leonardo deu de ombros e, de repente, soltou a mão dela.

— Ah! — Beatriz gritou, desequilibrando-se levemente e quase caindo na água. No reflexo, ela segurou firmemente o braço de Leonardo e, com uma voz apressada, disse. — Tá bom, me ajuda a atravessar logo.

Leonardo soltou um leve riso irônico e revirou os olhos mentalmente, sem dizer mais nada.

Gabriel, ao perceber que Beatriz já estava segura, ignorou o resto da cena e voltou a caminhar com Helena ao seu lado.

O grupo seguiu em um ritmo intercalado entre pausas e caminhadas. Quando o sol começou a se pôr, o céu foi tingido por tons vibrantes de vermelho e laranja. As aves voltavam para os ninhos, e o horizonte era uma verdadeira obra de arte.

Em um ponto com uma vista privilegiada, onde era possível admirar o pôr do sol e o espetáculo das cores no céu, Mateus foi o primeiro a parar para tirar fotos. Logo, os outros que vinham atrás também se detiveram para registrar o momento.

Inês, ofegante, chegou ao local apoiada em seu bastão de caminhada. Mateus, que segurava sua câmera profissional, aproveitou o momento para capturar uma foto espontânea dela. Ele abriu um sorriso travesso e provocador logo em seguida.

— Pronto! Acabei de criar um novo meme em 4K e alta definição.

Inês cerrou os dentes e lançou um olhar mortal para ele.

— Mateus, apaga isso agora!

— Nem pensar. Uma foto tão boa assim eu vou guardar para me divertir depois.

Inês bufou e sentou-se em uma pedra grande, preferindo admirar o pôr do sol em vez de gastar energia discutindo.

— Estou cansada demais para me importar agora, mas, quando chegarmos em casa, me aguarde.

Gabriel, por sua vez, pegou a câmera de Mateus e analisou a foto. Seus olhos brilhavam de satisfação.

— Você capturou bem o momento. Ficou ótimo. Me manda depois.

Mateus ergueu dois dedos.

— Vai ter um preço.

Inês fez uma careta de desgosto.

— Vender fotos? Olha só o nível do mercenário. Que vergonha.

Mateus respondeu, cheio de razão:

— Cala a boca. Você não entende nada de arte.

Gabriel, no entanto, não parecia irritado. Ele arqueou uma sobrancelha, com um sorriso divertido.

— Vinte mil?

Mateus balançou a cabeça.

— Essa é a primeira foto oficial sua e da Helena juntos. É uma obra de arte. Vinte mil é pouco. Vamos fechar em duzentos mil. Quando vocês se casarem, podem até usar na apresentação de fotos no telão. Olha essa luz, essa composição. Perfeição absoluta!

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