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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 143

Na manhã seguinte, Helena foi despertada pelo toque insistente do celular.

Ainda meio adormecida, ela atendeu, a voz carregada de sono e irritação:

— Alô? Quem é?

— Helena, você precisa vir ao hospital ver o Leonardo. — A voz de Felipe, do outro lado da linha, era urgente e preocupada. — Você sabia que ele quase morreu?

Ao ouvir o nome de Leonardo, Helena sentiu a irritação crescer. Só de lembrar dos acontecimentos da noite anterior, ela já estava cansada. Não tinha dormido o suficiente, e agora Felipe a acordava para falar de Leonardo.

Sentindo o sangue ferver, Helena respondeu com impaciência:

— Se ele morrer, você cuida do enterro. Quando fizerem o velório, me avisa. Em consideração ao que tivemos no passado, eu mando o maior buquê de flores.

Antes que Felipe pudesse reagir do outro lado da linha, Helena encerrou a chamada sem hesitar e colocou o celular no modo silencioso.

Ao lado dela, Gabriel acordou com a movimentação. Ele apertou Helena contra si, envolvendo-a em seus braços, e falou com a voz rouca e preguiçosa:

— Fica mais um pouco comigo.

Helena se aconchegou no peito dele, como uma gatinha buscando calor.

Os dois ficaram ali, debaixo do edredom, compartilhando o mesmo calor. Parecia que o mundo lá fora, com toda a neve e o vento cortante, não tinha mais importância. Naquele momento, só existiam eles dois.

Enquanto Felipe fazia a ligação, Leonardo já havia acordado.

A ideia de ligar para Helena tinha vindo do próprio Felipe, mas Leonardo não tentou impedir. Ele sabia exatamente o que esperava ouvir.

No fundo, Leonardo alimentava uma esperança tola. Ele queria saber se Helena se preocuparia com ele ao descobrir que ele quase morreu. Será que ela viria vê-lo? Será que ainda existia algum resquício de sentimento por ele em seu coração?

Quando Felipe fez a ligação, Leonardo pediu para que o viva-voz fosse ativado.

No entanto, o que ele ouviu de Helena foi como um soco no estômago. Não houve nenhum traço de preocupação, nenhum sinal de carinho. Pelo contrário, as palavras de Helena foram frias e cruéis, como uma lâmina afiada cortando qualquer esperança que ele ainda tinha.

— O que aconteceu com ele? Como é que uma viagem tranquila virou isso?

Felipe passou a mão pelos cabelos, hesitando. Depois, explicou:

— Ontem à noite estava muito frio, nevando. Fazia uns cinco ou seis graus negativos, e ele estava andando na rua só com uma camisa fina. Acabou desmaiando na neve. Foi um pedestre que o encontrou e o trouxe para o hospital.

Camila franziu o cenho, intrigada:

— Mas por que ele faria algo assim?

Felipe hesitou novamente. Ele sabia que Leonardo não havia dito nada, mas era óbvio para ele que aquilo tinha a ver com Helena. Afinal, Leonardo havia desmaiado em Vale Sereno, o mesmo lugar onde Helena estava com o namorado.

Mas como ele poderia explicar isso para Camila? Era uma situação complicada, e Felipe não queria se envolver mais do que já estava.

Ele suspirou, cansado com toda a situação. No fundo, ele sabia que Leonardo estava apenas colhendo as consequências de suas próprias escolhas.

Quando Camila havia voltado ao país, Leonardo ainda namorava Helena, mas ele passava o tempo todo com Camila, ignorando completamente os sentimentos de Helena. Agora, o destino havia virado o jogo. Talvez fosse mesmo hora de Leonardo pagar o preço por tudo o que fez.

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