Ao sair do apartamento, Gabriel pegou a sacola de café da manhã deixada por Leonardo e a jogou diretamente na lixeira do prédio. Em seguida, ele virou-se para um dos seguranças ao seu lado e ordenou friamente:
— Descubra tudo sobre Leonardo.
Os subordinados de Gabriel foram rápidos e logo descobriram que Leonardo havia pago uma quantia alta para comprar o endereço detalhado de Helena diretamente da empresa de administração do condomínio.
Gabriel imediatamente ordenou que um processo fosse movido contra a empresa de administração e convocou o diretor-geral da empresa para uma conversa.
O homem, um sujeito de cerca de quarenta anos, chegou ao encontro completamente alheio ao que estava por vir. Ele acreditava que o presidente do Grupo Costa o havia chamado para propor uma parceria.
Gabriel não costumava se dar ao trabalho de lidar pessoalmente com pessoas de tão baixo nível. Quem o recebeu foi Marco, seu assistente direto.
O homem entrou na sala com um sorriso servil, curvando-se levemente ao falar:
— Marco, o Sr. Gabriel me chamou hoje porque está interessado em uma parceria com a nossa empresa?
Marco arqueou as sobrancelhas, e seus olhos brilharam com um toque de sarcasmo.
— Uma empresa como a sua, que vende informações dos moradores sem qualquer critério? Acha mesmo que o Grupo Costa trabalharia com vocês?
O sorriso do homem desapareceu, substituído por uma expressão de choque. Seu rosto ficou pálido instantaneamente.
— O quê? Vender informações dos moradores? Isso deve ser algum engano...
Marco, mantendo a calma, jogou uma pilha de documentos na mesa à frente dele.
— Dê uma boa olhada nisso. Aqui estão todas as provas de que a sua empresa vende informações dos moradores. O Sr. Gabriel pediu que eu trouxesse isso para você entender exatamente por que ele está atrás de você.
Com as mãos trêmulas, o homem começou a folhear os documentos. À medida que lia, seu rosto ficava cada vez mais pálido. O suor frio escorria por sua testa.
— Deve haver algum mal-entendido... Eu... Eu vou mandar investigar isso imediatamente!
Marco deu um sorriso frio.
Quando Larissa voltou do hospital, seus olhos estavam vermelhos. Ela fungou, tentando segurar o choro, e disse com a voz embargada:
— Dra. Helena, já deixei tudo lá. Comprei tudo que eles precisam.
Helena, que estava sentada em frente ao computador redigindo documentos, ergueu os olhos ao ouvir o tom de Larissa. Após uma breve pausa, perguntou:
— Por que está com essa cara de quem vai chorar?
Larissa mordeu os lábios, mas seus olhos já estavam marejados de lágrimas.
— A Felícia está cada vez mais fraca. O médico disse que, se não encontrarmos uma medula compatível logo, ela pode não sobreviver ao inverno...
A mão de Helena, que estava sobre o teclado, parou. Seus cílios ficaram úmidos, e uma sombra de tristeza passou por seu olhar.
— Vamos continuar esperando. — Sua voz saiu trêmula, carregada de esperança. — Eu já pedi ajuda para procurar uma medula compatível. Nós vamos encontrar... Nós temos que encontrar...

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir