Quando Leonardo foi levado de volta para a mansão pelo motorista, já eram três da manhã.
Ele cambaleou até o quarto e desabou na cama, dormindo imediatamente.
Na próxima vez que abriu os olhos, foi de dor.
— Helena, meu estômago está doendo.— Ele murmurou, ainda meio grogue. — Pega um remédio para mim.
Nenhuma resposta. Leonardo chamou de novo.
— Helena? Helena?
De repente, seus olhos se abriram completamente, e ele se sentou na cama.
Ao recobrar a consciência, lembrou-se de que Helena já tinha se mudado dali.
Seu peito ficou apertado. Sentia um vazio estranho, uma sensação sufocante.
Segurando o estômago, levantou-se da cama e começou a revirar a casa em busca do remédio. Procurou por toda parte, mas nada.
A dor se intensificou, e ele não teve escolha a não ser pegar o celular e ligar para Marta.
Marta atendeu o telefone ainda meio desnorteada.
— Onde está o remédio para o estômago?
A voz de Leonardo soou do outro lado.
Marta apertou os punhos e respirou fundo, repetindo mentalmente para si mesma:
— Calma, calma… Ele paga bem. Dormir menos um pouco não vai me matar.
Então, ela olhou para a tela do celular e viu a hora. Quatro da manhã.
— Mas ele só pode estar de brincadeira!
Engolindo o impulso de largar o emprego ali mesmo, ela respondeu com paciência:
— A caixa de remédios está na primeira gaveta do armário do quarto da Sra. Helena.
Leonardo desligou na mesma hora.
Caminhou até o quarto de Helena, apoiando-se na parede. Ao abrir o armário, encontrou a caixa de remédios. Havia tantas cartelas e frascos que ele ficou tonto só de olhar.
Ótimo. Achou o remédio.
O problema agora era outro…
Ele não sabia qual tomar. Sempre que seu estômago doía, Helena era quem dava o remédio para ele.
Sem saída, e com a dor ficando insuportável, ele pegou algumas caixas, leu as bulas por alto e acabou tomando dois comprimidos aleatórios.
— Bom, não vou morrer por causa disso.
Foi seu último pensamento antes de o efeito do remédio começar a agir e ele afundar novamente no sono.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir