Chloe estacionou o carro com precisão.
Depois de ligar para a polícia, Helena abriu a porta do veículo e disse:
— Chloe, vem comigo!
Na entrada do bar, a noite parecia mais escura que o habitual, enquanto as luzes de néon pulsavam com um brilho hipnótico.
Dois homens carregavam uma mulher completamente bêbada, que mal conseguia se manter de pé. Atrás deles, mais quatro sujeitos os acompanhavam, totalizando seis. Cada um tinha uma expressão nojenta e olhares famintos, como predadores à espreita na escuridão, esperando para atacar.
Helena correu na direção deles, sua voz firme e autoritária:
— O que vocês estão fazendo? Larguem ela agora!
O ar ao redor estava impregnado com o forte cheiro de álcool.
Raquel, a mulher sendo carregada, tinha o rosto vermelho de calor. Seus olhos estavam desfocados, e havia um misto de desamparo e confusão em sua expressão. Ela murmurava, quase delirando:
— Calor... Muito calor... Não tô bem...
Helena estreitou os olhos, analisando Raquel com atenção. A maneira como ela se comportava não parecia apenas os efeitos de uma bebedeira. Havia algo errado, algo fora do normal.
— Vocês deram alguma droga pra ela? — Helena perguntou, sua voz carregada de raiva enquanto encarava os homens.
Sob as luzes vermelhas do néon, os rostos dos homens pareciam ainda mais distorcidos e sinistros. Um deles, que vestia uma regata preta e tinha tatuagens no braço, abriu um sorriso de escárnio. Ele fitou Helena com desdém e respondeu, num tom insolente:
— Olha só, outra gata apareceu. E aí, tá afim de se juntar à gente? Não me importo de incluir você na diversão.
Ele riu de forma vulgar, e seus comparsas o acompanharam com gargalhadas igualmente indecentes.
Alguns pedestres passavam pela calçada, mas ninguém parecia querer se envolver. Alguns olhavam de relance, curiosos, enquanto outros aceleravam o passo, tentando evitar problemas.
Helena soltou uma risada fria, encarando o homem tatuado com desprezo:
— Pois é, você não passa de um sapo querendo se fingir de príncipe. Feio desse jeito e ainda achando que pode bancar o galã.
O homem tatuado ficou furioso. Ele cuspiu uma série de palavrões, sua saliva voando enquanto berrava:
— Tá tirando com a minha cara, sua vagabunda?
Helena girou os pulsos, alongando os braços, mas manteve a expressão de zombaria:
— O que foi? Saiu lambendo privada no banheiro? Não é possível que sua boca seja tão podre assim.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir