— Que absurdo! Você ainda nega? Meu pai é forte e saudável. Mesmo com mais de setenta anos, ele ainda trabalha em casa. Se você não tivesse empurrado ele, como é que ele cairia de repente andando na rua? — O homem gritou, furioso.
Helena ouviu as palavras que já imaginava que sairiam da boca dele.
— Se não foi você quem empurrou, por que foi ajudar ele? — O homem perguntou, com um olhar ameaçador e cheio de acusações.
Helena, ao ouvir isso, riu de incredulidade.
— O médico já disse que seu pai teve um AVC hemorrágico. Agora ele está na UTI, e você nem se deu ao trabalho de se preocupar com ele. Só está pensando em como arrancar dinheiro dos outros. Parabéns, você realmente é um ótimo filho.
— Para de enrolar com essas desculpas. — O homem estendeu três dedos na frente de Helena. — Três milhões. Para cobrir os custos médicos, os cuidados e a alimentação.
Helena sorriu friamente e respondeu apenas duas palavras:
— Vai sonhando.
— Você machucou uma pessoa e ainda tem a audácia de discutir? Três milhões ainda é pouco! — A mulher ao lado do homem entrou na conversa, com um tom agressivo. — Dê-se por satisfeita que meu pai sobreviveu. Por isso só estamos pedindo três milhões. Se ele tivesse morrido, não seriam só três milhões, você iria para a cadeia!
— Cadeia? Tudo bem. Chamem a polícia. Façam isso agora. Vamos resolver isso com eles. — Helena respondeu calmamente enquanto se sentava em uma das cadeiras próximas, completamente tranquila.
O homem hesitou por um momento, pensando, e logo mudou de tática:
— Se três milhões é muito para você, dois milhões servem.
Helena riu com sarcasmo.
— Nossa, de repente tirou um milhão da conta. Que generoso! Por que não tira mais um milhão, hein? Parece até um mendigo barganhando esmola.
O homem ficou vermelho de raiva e gritou:
— Quem você está chamando de mendigo?
Helena manteve o sorriso no rosto e respondeu:
— Estou falando de você. Não está claro?

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir