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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 509

— Você recusou ele? — Inês perguntou, surpresa.

Júlia assentiu levemente e respondeu:

— Sim.

— Ai, Júlia, o que eu faço com você? — Inês suspirou, com uma expressão que dizia claramente: “Eu já sabia que seria assim.”

Depois de um breve silêncio, Inês falou de maneira mais séria:

— Olha, vou ser sincera. Você deveria dar uma chance para o Elder. Quem sabe vocês dois se dão bem? Sério, Júlia, esquece o Raul.

Júlia abaixou os olhos e permaneceu em silêncio.

Inês balançou a cabeça, frustrada, e continuou:

— Eu juro que não entendo. Além de ser bonito, o que mais o Raul tem de tão especial? Querida, beleza não é motivo suficiente para você ficar apaixonada por ele por tantos anos.

Os olhos de Júlia brilharam com uma tristeza profunda, mas ela respondeu com seriedade:

— Não é só porque ele é bonito. Ele tem muitas qualidades. Quando estávamos na escola, ele era excelente nos estudos, prestativo e sempre ajudava os outros. Professores e colegas gostavam muito dele. Mesmo vindo de uma família simples, ele sempre foi muito ambicioso e esforçado. Inês, ele tem sentimentos por mim, mas a diferença entre as nossas famílias o faz evitar encarar o que sente. Esses anos todos, ele tem trabalhado muito duro. Eu só quero dar mais um tempo para ele.

Inês, sem paciência, foi direto ao ponto:

— Você está cega de amor. Sim, ele era bom nos estudos, mas isso porque era a única chance que ele tinha na vida. É verdade que ele está se esforçando no trabalho, mas mesmo que ele dê o máximo de si, no máximo ele vai ser um pequeno empresário. Ele nunca vai conseguir romper a barreira entre os mundos de vocês dois. No fim das contas, ele continua sendo o filho da empregada da sua casa. E você é a herdeira da família Barros. Seus pais nunca vão aceitar ele.

O olhar de Júlia ficou ainda mais melancólico, e isso fez com que Inês sentisse pena dela.

— Querida, mais vale uma dor de uma vez do que uma dor prolongada. Tenta gostar de outra pessoa.

Júlia abaixou os cílios, e sua voz saiu quase como um sussurro:

— Mas eu já estou acostumada com essa dor que dura tanto tempo.

Inês olhou para ela com desânimo, balançou a cabeça e suspirou:

— Ai, deixa pra lá. Eu sei que você só vai parar quando quebrar a cara. Faz o que quiser.

Júlia permaneceu em silêncio, e o clima ficou pesado.

Para quebrar a tensão, Inês tomou um gole de água e mudou de assunto:

— Nossa, a Helena está demorando demais.

— É mesmo. — Júlia franziu as sobrancelhas. — Será que aconteceu alguma coisa?

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