Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 75

— Este carro...

Ele lembrava-se bem desse carro.

Naquela época, em Cidade H, Helena já dirigia esse carro.

Naquela ocasião, Camila zombou dela por ser vaidosa, por alugar um carro caro para tirar fotos.

Ele concordou com isso.

Agora, ele finalmente percebeu o quanto foi ridículo.

De repente, ele pensou em algo, e seu rosto empalideceu:

— Aquele anel que você estava usando, era o que você experimentou naquele dia na Joias Bonitas?

Leonardo perguntou, os lábios trêmulos:

— Naquele dia, você, Helena, naquela época ainda não tínhamos terminado, e você já estava ansiosa para experimentar o anel?

— Você traiu nossos sentimentos!

Leonardo disse, com os olhos vermelhos:

— Como você pôde fazer isso?

Helena não aguentava ser acusada assim.

Ela sorriu de repente:

— Sentimentos? Você não disse que estava sempre tentando encontrar a imagem de Camila em mim?

Leonardo ficou rígido, o rosto pálido:

— Você... você já sabia?

Helena o olhou friamente:

— Eu não só sei disso, como também sei que naquela noite você mentiu dizendo que tinha um compromisso no trabalho, mas na verdade foi ao aeroporto buscar Camila. E também sei que no aniversário de Sofia, depois de levar Camila embora, você foi para o hotel. Você me traiu antes de terminarmos. Leonardo, que direito você tem de falar sobre sentimentos comigo?

Leonardo estava cheio de dor nos olhos e balançou a cabeça:

— Não é isso, Helena, escuta a minha explicação, as coisas não são como você pensa.

Helena não queria ouvir suas desculpas, abriu a porta do carro e entrou.

Ela ligou o carro.

Leonardo ficou parado na frente do carro, batendo repetidamente na lataria, enquanto ainda falava alguma coisa.

Helena, irritada com sua insistência, pressionou o pedal de acelerador e o atingiu com o carro.

Leonardo não teve tempo de se desviar, sendo lançado para fora, caindo na grama ao lado.

Helena, com um olhar frio, nem sequer olhou para Leonardo, sem se importar se ele estava machucado. Ela simplesmente fez uma manobra e foi embora.

— Sério? Que surpresa! Por que ela decidiu sair assim de repente?

— Eu não sei ao certo, mas parece que foi uma decisão dela.

Helena não estava interessada em fofocas, ela passou sem expressão e voltou para o escritório.

Ela havia sentado por apenas alguns minutos quando a porta do escritório foi de repente arrombada.

— Helena, o que você quer dizer com isso? Você ousa me processar? — Rodrigo gritou ao se aproximar furioso.

Helena nem olhou para ele, apenas fixou os olhos na tela do computador, trabalhando, e respondeu:

— Você me caluniou. Não é nada de estranho eu te processar por isso, o que há para se surpreender?

Rodrigo olhou com um olhar ameaçador:

— Que boato eu espalhei? Calúnia é fabricar fatos e espalhá-los. O que eu disse antes é tudo verdade. Também é considerado um boato?

— Vá falar isso para o juiz. — Helena respondeu friamente.

— Retire o processo agora! Senão, você vai se arrepender!

Rodrigo ameaçou com raiva.

Embora a calúnia seja uma ação privada, em que a parte lesada precisa ir ao tribunal pessoalmente, se o réu violar a lei penal, uma vez que a acusação seja confirmada, ele será punido criminalmente.

Rodrigo era advogado. Se ele fosse punido criminalmente, sua licença de advogado seria revogada, e ele não poderia mais fazer o exame da ordem ou exercer profissões relacionadas ao direito, e sua carreira chegaria ao fim.