Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 113

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Como se o sabor se sobrepusesse momentaneamente a uma memória armazenada, ele agarrou fragmentos fugazes de lembranças. Mas ao provar novamente, Lorenzo só sentiu o doce sabor do bolo, doce mas não enjoativo, realmente uma delícia. Talvez querendo reencontrar aquele sabor da memória, Lorenzo tentou pegar outro pedaço, mas Nanda rapidamente o impediu.

- Foi a Tati quem fez para mim. Permitir que você provasse um pedaço já foi um grande favor, como você ainda tem cara de pau para pegar mais! - Exclamou Nanda.

Lorenzo levantou os olhos e olhou para Tatiana, que apenas sorria levemente, segurando sua xícara de água, sem dizer uma palavra para defender o rapaz. Obviamente, assim como sua mãe, ela não queria ter nada a ver com ele. Lorenzo, sem se irritar, se retrai silenciosamente, pegando um guardanapo para limpar discretamente as pontas dos dedos.

- Vou subir primeiro, continuem conversando. - Disse ele, indo embora sem sequer pegar o celular deixado na mesa de centro.

Nanda observou sua figura orgulhosa se afastar e resmungou com desprezo:

- Esse idiota. Só de ver já me irrito.

Tatiana preferiu não dizer nada. A relação de Lorenzo com sua família já era difícil antes de ela deixar o país, e agora, depois de três anos fora, ela estava ainda menos a par da situação deles. Mesmo querendo melhorar a relação entre mãe e filho, ela se sentia impotente. Afinal, os problemas familiares de outras pessoas não eram da sua conta. Ela permaneceu sentada educadamente, quando Nanda de repente mudou o tom de voz, ficando mais doce:

- Tati, ouvi dizer que na festa da família Garrote outro dia, você esclareceu tudo com eles, certo?

Tatiana não esperava que Nanda trouxesse à tona esse assunto. Ela pensou que seria abordado assim que chegasse à casa dos Borges, mas como não foi mencionado durante o jantar, assumiu que o assunto havia sido esquecido. Afinal, a notícia já havia circulado entre os círculos sociais, e até Pedro sabia disso claramente. Como matriarca da família Borges, Nanda tinha seus canais de informação. Ela sabia até do suicídio de Carolina, então esse assunto certamente não era desconhecido para a anciã.

Sem negar, Tatiana assentiu, contando a verdade.

- Para ser honesta, já deveríamos ter esclarecido tudo no aniversário de Carolina. Mas eu pensei que, já que algumas das minhas coisas ainda estavam com a família Garrote e eu realmente cresci comendo o pão deles, seria melhor acertar algumas contas para evitar problemas futuros. Afinal, não seria bom se os Garrote continuassem me perseguindo como uma sombra, especialmente incomodando meu irmão.

- Aquela família... eu sempre soube que não eram confiáveis. Se não fosse por um favor que o patriarca deles fez ao nosso patriarca há anos, e pela lealdade do meu pai, já teríamos cortado laços com eles há muito tempo!

Nanda estava furiosa e, se virando para Tatiana, tentou confortar a mulher:

- Melhor cortar relações. É como gastar dinheiro para evitar desastres. De agora em diante, não teremos mais contato com eles!

Tatiana assentiu e respondeu suavemente:

- É exatamente o que meu irmão pensa.

Assim, aqueles oito milhões, usados para acabar de uma vez por todas com os incômodos da família Garrote, pareceram um bom negócio para ela. Era uma pena perder algumas coisas que o vovô Jacarias havia dado. Embora Tatiana quisesse comprar tudo de volta, ela sabia que, nas mãos de Carolina, não se sabia onde poderiam ter parado.

Enfim, os itens mais importantes ela havia deixado com a família Borges, mas ainda assim era uma pena. Enquanto refletia, a mão de Tatiana foi subitamente segurada por Nanda, cuja voz ao pé do ouvido se tornou mais baixa:

- Tati, ouvi dizer que os Garrotes não só pegaram suas coisas, mas também te bateram. É verdade?

Tatiana ficou quieta por dois ou três segundos, depois acenou levemente com a cabeça.

- Como essa família Garrote tem cara para fazer isso? - Nanda imediatamente se enfureceu.

Tatiana a confortou:

- Sra. Nanda, já passou. E agora, com a minha família, tudo vai melhorar. Já cortei laços com os Garrotes. As coisas do passado, vamos considerar como quites.

Ela e Leo já haviam conversado sobre isso. Contanto que os Garrotes não causassem mais problemas no futuro, as mágoas passadas seriam esquecidas, como se fosse um pagamento pela criação recebida. Se ainda assim não a deixassem em paz, a família Orsi não hesitaria em estender sua influência até Cidade R.

Nanda, indignada, olhou para Tatiana com ainda mais carinho:

- Você, criança, está me consolando, mas essa família Garrote realmente não presta. Não sei o que Lorenzo estava pensando. Se não fosse pelos homens da família Borges terem morrido cedo, a empresa jamais teria caído em suas mãos tão cedo. Seria melhor usar o dinheiro para caridade do que apoiar os Garrotes!