Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 221

A foto na tela do celular era uma cena recente entre Leopoldo e Tatiana.

Jane havia tirado várias fotos secretamente e agora as compartilhava com Wilma, ela claramente queria fofocar.

Ela não só falava, mas também deslizava pelas fotos no celular.

- Wilma, ouvi dizer que você está com o Presidente Orsi há sete anos, você conhece essa moça? Qual é a relação dela com o Presidente Orsi?

O ângulo da foto era astuto, capturava perfeitamente os perfis dos dois.

O homem elegante levantou a mão e tocou a cabeça da garota, seu rosto exibindo um sorriso gentil e um olhar indulgente que era impossível de ignorar.

Qualquer um que visse aquilo não poderia deixar de comentar como aquilo parecia uma cena doce de um romance.

Até Wilma se perdeu em pensamentos enquanto olhava para as fotos.

Realmente, eles pareciam talentosos e atraentes, perfeitamente compatíveis.

- Falando nisso, essa moça me parece familiar. Ela não parece uma atriz? Eu já a vi na internet, tenho certeza. - Disse um funcionário atrás delas.

A agitação de Jane também atraiu a atenção dos outros funcionários do escritório do presidente.

Eles seguravam lanches que Tatiana havia comprado, e mastigavam enquanto se inclinavam sobre o espaço de trabalho de Wilma para conversar.

Jane, ao ouvir isso, acenou com a cabeça.

- Agora que você mencionou, parece que eu me lembro...

De repente, seus olhos se arregalaram, e ela apontou para o rosto de Tatiana, exclamando:

- Lembrei! Essa bela mulher parece ser a irmã do ator Elio! Vocês viram a notícia do acidente de carro hoje? Uma ex-estrela de cinema atropelou indiscriminadamente pedestres na rua. Dizem que foi essa estrela que roubou o marido da bela mulher, destruindo seu casamento.

- Sério? É verdade isso?

- Então o presidente está fazendo o papel de herói, conquistando a ex-esposa do Grupo Borges da Cidade R? Mas de qualquer forma, ela é divorciada, parece um pouco inadequada para o Presidente Orsi.

- Como assim não são compatíveis? Olhem para a elegância dela, e a beleza também. Além disso, ela se casou com um membro da família Borges da Cidade R,, e ainda é irmã do ator Elio. Com certeza ela não é uma pessoa comum, está à altura da família do Presidente Orsi. E nosso Presidente Orsi ainda tem um filho, e já está numa certa idade! E olhem para o jeito que ele olha para ela, não precisamos nos preocupar com isso, não é?

Um grupo de pessoas falava alto, se preocupando com o casamento de Leopoldo, enquanto Wilma sentia sua cabeça doer com o barulho.

Ela finalmente perdeu a paciência e interrompeu o bate-papo com uma voz fria:

- Vocês já terminaram o trabalho e estão sem nada para fazer, ou seus chefes são muito frouxos? Falar abertamente sobre o Presidente Orsi no escritório, não têm medo de serem pegos por ele?

Com essas palavras, o ambiente ao redor ficou instantaneamente silencioso.

Embora Wilma não fosse a chefe direta deles, ela era a funcionária com mais tempo de serviço no escritório do presidente e tinha trabalhado muitos anos ao lado do Presidente Orsi. Todos tinham um certo respeito e medo dela.

Não ousaram mais fofocar, todos voltaram aos seus postos de trabalho e começaram a digitar em seus teclados.

Eles não podiam mais conversar pessoalmente, então criaram um grupo para fofocar.

Wilma também foi incluída, mas não com sua conta principal, e sim com uma secundária que ela usava para enviar arquivos a si mesma e como bloco de notas.

Como o escritório do presidente conectava vários departamentos da empresa, às vezes haviam atividades de socialização. Uma amiga de Wilma, que também era gerente do departamento de marketing, lhe disse em privado para não ser tão séria, caso contrário, mesmo se as atividades fossem organizadas, os funcionários não se sentiriam à vontade e não a convidariam.

Wilma não esperava que essas pessoas não soubessem que a conta era dela, mas também não esperava que os jovens fossem tão interessados pela vida dos outros.

"Eu jamais se casaria com uma mulher que não é digna de ser mãe."

A emoção reprimida era como uma montanha, a sufocando.

Ela não queria mais ficar no escritório e pegou sua caneca para ir à copa.

A copa de Leopoldo era separada, um espaço exclusivo. Como sua assistente, Wilma tinha o privilégio de usar aquele espaço, ao invés de compartilhar a copa comum com os outros funcionários.

Ela preparou um café ao gosto de Leopoldo, sem adicionar o excesso de leite e açúcar que normalmente usava, e se sentou no sofá com a caneca na mão.

Ela não queria voltar para sua mesa naquele momento.

Como havia sido dito no grupo, ela se dedicou a Leopoldo por sete anos, trabalhava arduamente, nem tinha tempo para si mesma. Por que ela se esforçava tanto?

Seria bom ser como eles, conversar e descansar após terminar o trabalho, ou simplesmente divagar, não seria?

Talvez fosse hora de pensar um pouco em si mesma.

Ela tomou um gole do café ainda fumegante, sentindo o amargor se espalhar da língua para o resto da boca, e franziu a testa involuntariamente.

Apesar do gosto, Wilma tomou outro gole.

"Já enfrentei tantas amarguras na vida, o que é uma bebida amarga?"

Enquanto refletia sobre suas escolhas, uma voz infantil e séria soou ao seu lado:

- Se você não gosta, por que continua bebendo? Se achar amargo, você pode adicionar açúcar.