Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 141

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Lorenzo parou o que estava fazendo.

Depois, levantou os olhos, olhando para Pedro de uma maneira indefinível.

Pedro sentiu um arrepio sob aquele olhar.

- Por que está me olhando assim? Se tem algo a dizer, fale.

Lorenzo soltou uma risada leve, pôs de lado o que estava fazendo, e falou com uma voz suave e fria:

- Sempre se diz que o Mestre Pedro tem uma grande reputação, que fica com todas, então por que está perdendo tempo insultando alguém? Sua reputação já foi melhor...

Pedro não pôde evitar uma risada.

- Sim, eu cuido de todas, independentemente da aparência, mas não disse nada sobre a bondade delas.

O que ele queria dizer é que Carolina não era uma boa pessoa.

Lorenzo girou a caneta na mão, mas surpreendentemente não negou.

Se fosse antes, talvez ele defendesse Carolina, mas agora, com todos os fatos diante de seus olhos, ele não era tolo. Ele ainda sabia discernir o certo do errado.

Pedro percebeu que Lorenzo também sabia que tipo de pessoa Carolina era, e soltou um leve resmungo.

Ele não entendia por que ele queria se casar com ela mesmo sabendo que ela não tinha boas intenções.Mas Pedro também sabia que, uma vez que seu bom amigo tomasse uma decisão, ninguém, além dele mesmo, poderia mudar sua mente.

Como ele mesmo havia dito, ele estava doente.

Aquela zombaria leve de Pedro não passou despercebida.

Ele colocou os documentos de lado e falou seriamente:

- Já te disse antes, casar com Carolina é minha decisão. Se você não gosta dela, simplesmente não a veja. Não há necessidade de sarcasmo ou ironia. Eu entendo a condição dela, e é verdade que às vezes ela não consegue controlar suas emoções e comportamentos. Eu entendo isso e não espero que todos compreendam, mas você também não precisa dizer a mesma coisa toda vez, eu sei o que estou fazendo.

- Sim, você sabe o que está fazendo, você é a pessoa mais lúcida do mundo!

Pedro não queria discutir, então decidiu não ficar mais no escritório.

Ele se levantou, pegou seu computador, e enquanto arrumava suas coisas, murmurou:

- Só você pode entender Carolina, então você pode perdoá-la pelas coisas nojentas que ela faz com os outros. Então a doença dela basicamente faz com que ela não tenha que lidar com as consequências das próprias ações. De qualquer forma, eu não entendo, e você também não espera que eu entenda. Então não me dê sermões quando eu estiver irritado, eu também sei o que estou dizendo.

Lorenzo franziu a testa.

- Pedro, não faz sentido você insistir em mudar o conceito da discussão. Eu só disse que entendo as ações dela, mas nunca afirmei que o que ela fez era justo. Quanto a perdoar, a vítima não sou eu, não posso perdoar em nome de outra pessoa. - Ele olhou para Pedro, que já estava de pé ao lado da porta. - Se depois de tudo o que eu disse, você ainda pretende ir embora, vou pedir ao Boris para arrumar uma pequena sala de reuniões para você usar como escritório, e você poderá trabalhar lá a partir de agora.

Pedro, acostumado a fazer o que quer, não gostaria de ter um escritório.

Afinal, os outros perceberiam a sala vazia a maior parte do tempo.

Ao invés de sair, ele se virou e encarou Lorenzo.

- Então você está me expulsando? Tudo bem, Loh, por causa de uma mulher, você vai abandonar seu irmão?

Lorenzo olhou para ele e disse:

- Meu psicólogo é muito competente, se precisar, posso recomendá-lo para você.

Pedro fez uma careta e, desanimado, voltou para o seu lugar.

Com a cabeça baixa, murmurou:

- Última vez que pergunto, depois disso, não pergunto mais. Se você já sabe como é a Carolina, por que ainda quer se casar com ela? Só por causa de uma promessa que você nem se lembra mais?A voz dele era casual, mas carregava uma certa emoção.