- Anteriormente, na casa, não foi minha intenção afastar a sua mão, eu não me controlei por estar irritado, peço desculpas a você - Disse Eduardo em um tom sério, seus olhos escuros estavam fixos nela. Depois de um tempo, ele puxou de volta a manga da sua roupa. - Me deixe aqui, vou mandar uma mensagem para o Elio vir aqui te buscar, para você não se perder no caminho de volta. Se você quiser sair amanhã, eu venho te buscar, eu já vou.
Mas antes que ele pudesse se virar, Tatiana agarrou firmemente sua roupa.
- Eu quero ir com você!
Eduardo parou. Ele não disse nada, mas a expressão em seu rosto demonstrava sua confusão.
Tatiana, por outro lado, não soltou a mão, parecia estar bem decidida.- Eu tenho algo para te dar.
Eduardo apertou os lábios, mas não tentou se soltar.
- Se você quer vir comigo, então venha.
Ele se virou para liderar o caminho, e sob a luz fraca do poste, era possível ver claramente um leve sorriso nos cantos de seus lábios, que infelizmente desapareceu em um instante, voltando ao seu habitual desinteresse.
Tatiana não tinha certeza se Eduardo tinha sua própria casa em Cidade B, já que eles estavam morando na mansão de Emanuel por todo aquele tempo e Emanuel não tinha aparecido.
- Eduardo, onde você planeja ficar? Ainda vai ficar na casa do Emanuel?
Enquanto dirigia o carro, Eduardo respondeu calmamente:
- Por enquanto, vou ficar na casa do Emanuel, minhas coisas estão todas lá, e ir para outro lugar não seria conveniente.
Eduardo, naturalmente, tinha propriedades em seu nome em Cidade B. Os filhos da família Orsi tinham suas próprias mansões e apartamentos desde o nascimento. Mas Eduardo, que era rebelde desde a sua juventude, não queria ficar em Cidade B e também não queria ver seus pais irresponsáveis, então naturalmente ele se recusava a aceitar aquelas propriedades.
Claro, aquilo era um pensamento de sua juventude. Agora, se lhe oferecessem para morar lá, ele certamente não recusaria. No entanto, a casa não estava mobilidade, seria mais conveniente ir para a casa de Emanuel.
De repente, ele se lembrou e algo e cutucou Tatiana.
- Você não disse que tinha algo para me dar? Então, me dê.
Tatiana, um pouco irritada, lhe deu um tapa, sem tirar os olhos do celular. Ela estava enviando mensagens para Leopoldo e os outros, informando sobre sua situação atual.
- Se concentre na direção por enquanto, eu te dou depois!
Afinal, ela tinha ido com Eduardo e não podia deixar a família inteira esperando por eles na casa antiga.
Então, era preciso esclarecer para que o tio e a tia pudessem se programar de acordo.
Eduardo, pensando que ela estava lendo fofocas de celebridades, falou com seriedade:
- Taís, eu te digo, você precisa reduzir o tempo no celular. Aqui a luz é fraca, se ficar olhando o celular por muito tempo, pode acabar ficando cega!
Seu tom era quase maternal, o que fez Tatiana realmente colocar o aparelho de lado.
Ela havia acabado de esclarecer para Leopoldo e os outros e queria responder a outras mensagens que havia recebido, mas decidiu deixar elas de lado por um tempo.
- Eu só estava avisando Leopoldo que nós já estávamos de saída. Olha, agora não estou mais mexendo no celular.
Dizendo ela jogou o celular no compartimento do copiloto e ergueu as mãos em sinal de inocência.
Eduardo resmungou:
- É bom que seja sempre assim, se um dia você virar a garota de óculos, quero ver se não vão te chamar de feia.
Tatiana, já acostumada com seus insultos, apoiou o queixo e olhou pela janela para o cenário noturno da cidade, tão vibrante quanto a Cidade R, mas com um estilo urbano um pouco diferente. Seus olhos captavam muitas estruturas arquitetônicas únicas, e as luzes ao longo da estrada refletiam o esplendor da cidade, com a brisa da noite trazendo um toque de romance e ternura.
Aquele era o local onde ela viveria dali em diante.
Tatiana observava tudo ao longo do caminho, até que a familiar mansão surgiu em seu campo de visão, e foi só então que ela voltou a si.
Ela também não esqueceu de levar algo para Eduardo, e estendeu o braço para pegar o celular no guarda-luvas. Depois de revirar algumas vezes, ela pegou uma caixa de estilo minimalista.
- Para você.
- Já chega, Eduardo Orsi, eu só comprei presentes para o Leopoldo e o Emanuel, tá bom? Vocês estão sempre juntos, então acho que não é necessário dar presentes, tá? Se você continuar assim, da próxima vez, vou ser preguiçosa e simplesmente comprar um enfeite qualquer no supermercado para você.
Ela avançou para arrancar o anel do dedo de Eduardo.
Mas ele foi rápido e desviou com um movimento de cabeça.
- Quer pegar de volta o que já deu, é? E ainda me chama pelo nome, que falta de respeito.
Tatiana franziu o nariz para ele.
- Devo ter aprendido com você!
Mas, assim que aquelas palavras foram ditas, Eduardo pareceu ficar um pouco mais sério. Ele não queria relembrar aquela discussão com Marcelo.
Tatiana percebeu que o clima havia mudado e olhou para ele com cautela.
- Eduardo.
- Olhando o quê? Planeja passar a noite no carro, é? Anda logo, sai do carro e vamos dormir.
Eduardo esperou que ela saísse e trancou o carro. Depois, ele deu as costas e seguiu para a mansão.
Por mais que ele tentasse agir como se nada estivesse errado, era claro que algo estava diferente. Assim que saiu do carro, ele não falou mais nada, apenas caminhou em direção à mansão com passos tão rápidos que Tatiana teve que correr para alcançar ele.
Felizmente, Tatiana estava de sapatilhas naquele dia, caso contrário, teria que suportar a dor nos calcanhares para acompanhar Eduardo.
- Eduardo, se você está chateado, fala logo, não fica guardando para você.Ela seguiu cuidadosamente atrás de Eduardo, medindo suas palavras. Vendo que ele não parecia disposto a dar o braço a torcer, decidiu ser direta. - Se está tão triste assim, pode chorar. Não tem problema nenhum, somos irmãos, não vamos nos envergonhar por isso. Homens também podem chorar sabe...
Como esperado, aquelas palavras fizeram Eduardo parar e se virar para ela.
- Taís, está pedindo para apanhar de novo?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia
Por favor, continuem esse livro!...