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Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 57

O rosto de Lorenzo escureceu imediatamente.

Desde o início, o velho não mostrou nenhuma cortesia para com ele. Nada além de uma cara fechado e o pedido que ele se divorciasse o mais rápido possível.

A implicação de serem um par de tolos era óbvia em suas palavras.

Carolina, ao lado, sorria satisfeita. As palavras de Gael atingiram em cheio o que ela queria; ela desejava ardentemente que Lorenzo se divorciasse de Tatiana, ela não tinha mais tempo a perder!

Ela também achava que ela e Lorenzo eram um bom par. Afinal, desde o início, quem deveria ter se casado com Lorenzo era ela.

Se Tatiana não tivesse tido a sorte de ser adotada por seus pais, ela nunca teria a chance de conhecer Lorenzo.

Uma galinha selvagem no campo jamais se tornaria uma fênix.

Ela se aproximou timidamente e disse:

- Obrigada pelo elogio, senhor. Me desculpe se te ofendi de alguma forma, e espero que não guarde rancor. Gostaria de pedir desculpas formalmente. Se o senhor estiver disponível, seria uma honra ter sua presença no nosso casamento.

Gael a olhou de soslaio, sem saber se a mulher era ingênua ou mal intensionada.

Ele revirou os olhos e acenou com a cabeça, fingindo concordar.

- Se eu estiver livre, com certeza irei. Desejo a vocês um casamento rápido!

Antes que Gael terminasse, Lorenzo se retirou com a cara fechada.

Carolina se apressou para o acompanhar, mas não se antes dar um aceno cortês para Gael.

- Sinto muito, senhor, preciso ir. Lamento o incidente anterior. Na próxima vez que vier jantar, trarei um presente como desculpa e espero poder saborear novamente sua culinária. - Disse ela, se apressando para alcançar Lorenzo, que já havia saído do restaurante.

Gael coçou o queixo pensativo.

- Essa mulher é realmente ingênua...

Ele não pensou muito nisso, e foi para a cozinha cantarolando. Parecia estar de bom humor.

Por outro lado, o humor de Lorenzo não era dos melhores.

Ele saiu em silêncio, sem olhar para trás.

Carolina só percebeu que ele estava de mau humor quando saíram do restaurante. Quando estavam quase chegando ao carro, ela ousou perguntar:

- Loh, você está chateado?

Ela estava sendo cautelosa, esperando que o homem se comovesse ao ver sua expressão inocente e triste.

Infelizmente, Lorenzo sequer olhou para ela.

Ele abriu a porta do carro, e disse sem qualquer sentimento:

- Entre no carro.

Mas Carolina não queria entrar.

Ela não era tão tola quanto parecia, ela sabia que o humor de Lorenzo estava estranho, e muito provavelmente era por causa de Tatiana.

Nos últimos três anos, ela sempre era o centro das atenções, todos achavam que ela se tornaria a nova Sra. Borges, mas só ela sabia o quão difícil era esperar!

Mas como ela havia dito antes, além de mandar Tatiana para o exterior, Lorenzo nunca havia passado dos limites.

E quase sempre era ela que o procurava; ele nunca tomava a iniciativa, nem mostrava qualquer emoção por ela. Não ficava feliz quando ela estava por perto, mas também não se irritava com a sua presença. Apesar de ele concordar com seus pedidos, ela sentia que ele estava no piloto automático quando estava com ela.

Antes, ela pensava que era por causa da família Borges que ele tinha aquele jeito. Mas ela entendeu que ele não era complemente desprovido de sentimentos quando descobriu que ele sempre perguntava a Boris sobre a situação de Tatiana no exterior. Havia um sentimento oculto em seus olhos.

Ele deveria ter dito algo agradável a Carolina naquele momento, ter dito que se divorciaria em breve. Mas ao se lembrar de Tatiana se jogando nos braços de Murilo na noite anterior, um sentimento de frustração se acumulou em seu peito.

Se ele se divorciasse, ela poderia finalmente ficar com outros homens.

E ele não queria pensar nisso.

- Já tenho planos sobre o divórcio com Tatiana, de qualquer forma, não quebrarei minha promessa. - Lorenzo afrouxou a gravata, desviou o olhar e caminhou em direção ao banco do motorista. - Entre no carro primeiro.

Carolina, que antes estava animada, sentiu o desânimo tomar conta.

Ela estendeu a mão e agarrou a manga de Lorenzo.

- Loh, eu não acredito, a menos que você vá agora mesmo se divorciar dela!

Mas infelizmente, ela não ganhou a piedade de Lorenzo.

Ele franziu ainda mais a testa e, com paciência, retirou sua mão.

- Carol, eu sei que essa demora está sendo ruim para você. Mas a situação da sua irmã também não é boa, ela está sozinha no mundo, não tem pai nem mãe. Se eu me divorciar dela agora, ela vai se casar com qualquer um. Meu avô me pediu para me casar com ela para que ela tivesse alguém no mundo. Afinal, nós crescemos juntos, não posso simplesmente deixá-la à própria sorte, entende? - Ele fez uma breve pausa. - Além disso, foi errado ter mandado ela para o exterior.

Ela notou o arrependimento nos olhos dele e não ousou pressionar demais, apenas concordou fracamente:

- Entendi, então quando você se resolver com a minha irmã, falaremos sobre a gente. Desculpa, eu fui muito ansiosa...

Lorenzo se sentiu aliviado com a reação dela.

- Não é culpa sua, sou eu quem não está lidando bem com isso, entre no carro.

Carolina se sentou obedientemente no banco de trás.

Lorenzo também entrou no carro, olhou de relance para ela e, se lembrando de Tatiana o insultando no restaurante, pensou por um momento e pegou o celular que estava no carro.

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