Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 80

- Claro, é para comemorar...

A voz de Tatiana parou abruptamente ao ver a expressão no rosto de Lorenzo. Ela achou melhor não continuar.

Ela simplesmente não entendia.

Ele claramente detestava aquele casamento, ele havia aceitado se casar com ela apenas por causa do último desejo do vovô Jacarias. Agora que estavam se divorciando, ele não ficaria feliz?

Por que ele tinha que fazer uma cara tão feia?

Mas Tatiana não tinha tempo para pensar nisso. A tigela que ele havia quebrado cortou a ponta do dedo do homem. A água corria da torneira, se misturando com o vermelho vivo do sangue.

Ela franziu a testa.

- Deixe que eu lavo a louça, vá tratar dessa ferida.

- Não precisa.

Lorenzo casualmente jogou a tigela quebrada e os cacos no lixo e continuou a lavar a louça com a mão ferida.

Eram apenas duas tigelas e dois pratinhos, a ajuda dela não seria necessária.

Mas assim que ele fechou a torneira, o sangue voltou a jorrar de forma bastante chocante.

Ele, no entanto, não se importou e casualmente enrolou um guardanapo em torno do ferimento e saiu com passos largos, sem sequer olhar para a mulher atrás dele.

Tatiana o seguiu de perto.

- Onde está o kit de primeiros socorros?

Embora ela não tivesse visto claramente como a tigela havia se quebrado, a ferida havia sido causada porque ela queria comer algo. Ela se sentia um pouco culpada por não tratar.

- Você tem tempo para isso, melhor subir e verificar seu celular. Provavelmente muitas pessoas ligaram para você. - Lorenzo, sem olhar para trás, jogou o guardanapo manchado de sangue no lixo e começou a subir as escadas. - Vou subir para descansar, não me incomode mais.

Tatiana ainda queria dizer algo, mas ao ouvir essas palavras, decidiu ficar quieta.

Tudo bem, ela não o incomodaria.

De qualquer forma, a ferida não parecia tão grave, talvez até que ela encontrasse o kit de primeiros socorros, ela já estivesse cicatrizada.

Deixa para lá, ela não estava tão ansiosa para cuidar dele.

Mas com o lembrete de Lorenzo, o cérebro embaçado de Tatiana finalmente começou a funcionar.

Ela não havia voltado para casa naquela noite e ainda não tinha falado com Edu e os outros, que desastre!

Sem tempo para pensar nas consequências, ela rapidamente subiu as escadas.

Lorenzo, que já estava no segundo andar, ouviu o barulho e, com uma expressão de impaciência, se virou.

- Eu não disse...

Antes que ela terminasse de falar, Tatiana já havia passado rapidamente por ele.

- Disse o quê? - Ela parou na porta do quarto principal, prestes a entrar, mas se virou ao ouvir a voz de Lorenzo.

Este, com uma expressão sombria, entrou no quarto e fechou a porta com força.

Tatiana ficou sem palavras.

"Será que ele tem algum problema?"

Mas ela não pensou muito sobre isso, afinal, não era a primeira vez que via Lorenzo perder a cabeça. Desde que havia voltado para o país, ela havia presenciado suas mudanças abruptas de humor e realmente não sabia como Carolina suportava isso.

Ela entrou no quarto principal.

Conforme Lorenzo havia dito, as roupas trocadas e a bolsa estavam lá dentro.

As roupas pareciam ter sido lavadas e secas, e estavam dobradas em cima do sofá. Ela sentiu um leve aroma vindo delas.

O celular estava sem bateria, e ela não havia trazido o carregador.

O quarto estava impecavelmente limpo, ela procurou em volta, mas não encontrou nada.

Depois de pensar por um momento, decidiu ir procurar Lorenzo com o celular na mão.

Antes de bater na porta, Tatiana hesitou um pouco, se lembrando de que Lorenzo disse que iria voltar a dormir quando subiu as escadas. Já havia o acordado uma vez, e incomodar ele novamente parecia um pouco...

Mas então ela pensou que ele provavelmente não teria adormecido tão rapidamente, pois havia acabado de entrar no quarto.

Ela finalmente bateu na porta.

- Lorenzo, você já está dormindo?

Não houve resposta do interior.

Tatiana ficou parada na porta por um momento, pensando em voltar.

Ela mal começou a se mover quando a porta foi aberta.

- Precisa de algo?

A voz dele era grave e sem emoção.

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