Aprendendo sobre amor romance Capítulo 4

Engoliu em seco pensando se fizera o certo, podia ter perdido a melhor noite de sua vida, talvez devesse ter sido mais gentil e respondido um sim, não custava nada demonstrar interesse, afinal, ela queria sexo, não tinha certeza das intenções dele.

Suspirou frustrada, caso ele não mandasse mensagem até o dia seguinte, ela o faria.

Laura retirou a cesta e as flores de cima da mesa, colocando-as em cima das caixas, as quais estavam no chão agora, embaixo da sua mesa.

Tratou de entrar em contato com o advogado para marcar uma reunião e logo em seguida se concentrou nos papéis que o Sr. Bennett mandara que ela analisasse, antes da diversão vinha o trabalho, sabia ter se distraído muito por conta de Ethan, nem mesmo sabia se ele estava interessado nela realmente, ou na empresa em que trabalha.

— Laura! — seu chefe abrira a porta sem aviso prévio.

— Aconteceu algo? — questionou receosa.

— Ainda não, mas preciso que vá a um jantar com Ethan McCoy, ele quer tratar do processo pessoalmente, como não estou disponível, lhe darei essa oportunidade. — respondeu.

— Certo, quando será?

— Hoje à noite, as 19 horas. — disse caminhando até a porta — Já passei seu endereço, ele se ofereceu para buscá-la, então NÃO se atrase.

Saiu sem esperar resposta, deixando a porta aberta.

— Parece que alguém mexeu uns pauzinhos...

Afinal, ela conseguira o que queria e ele também.

— Muito esperto, Sr. McCoy. — sussurrou com um sorriso nos lábios.

Laura revirou seu guarda-roupa de cima a baixo, mas não obteve sucesso algum diante de sua incansável busca, tudo o que encontrou foram roupas extravagantes e curtas, algo que ela não julgava ser apropriada para a ocasião.

Seu resto de dia fora longo, porém, estava extremamente animada, optou por não usar o presente, era muito difícil de vestir e pior ainda para tirar.

Não sabia que tipo de roupa devia usar, nem tinha ideia de que tipo de restaurante iriam, provavelmente um bem caro, cheio de frescuras, mas o que lhe deixava mais nervosa era saber se tinha ou não a possibilidade de sexo após o jantar, poderia ela mesmo fazer a sugestão, entretanto, acreditou que seria direto demais, principalmente por conhecê-lo a menos de dois dias.

Por fim, escolheu um vestido vermelho de alças finas e o vestiu rapidamente.

Olhando-se no espelho e suspirou pesadamente, nada lhe parecia perfeito, o vestido era justo, todo feito em veludo, com um farto decote e seu comprimento descia até o joelho, por ser muito aberto em cima, e ela não era acostumada a ter tanta pele exposta, optou por colocar uma jaqueta de couro na cor preta, por cima.

Engoliu em seco, sem saber se ele gostaria da sua roupa, o que não devia incomodá-la, nunca se importou com a opinião masculina sobre sua aparência.

Torceu o nariz diante de sua aparência, depois de muito brigar internamente, acabou aceitando como razoável.

Fez uma maquiagem leve, prendeu os cachos em um coque no alto da cabeça, de modo que alguns fios soltos desciam pelo pescoço e pelas laterais do rosto, calçou uma sandália de saltos médios, na cor preta, e olhou-se pela última vez no espelho.

Ela não fazia ideia se estava apresentável ou não, seu conceito de diversão resumia-se em ler processos judiciais da empresa em que trabalhava e apontar possíveis erros que os levariam a perder as causas, a típica saia lápis na cor grafite e a camiseta colorida era o máximo que ela conseguia, ou se não, seu pijama de bolinhas azuis era a sua segunda opção de moda.

Mas aquilo?

Era pedir demais que ela soubesse como se vestir, visto que nenhum dos seus encontros anteriores eram milionários, não chegavam nem perto disso, então o comportamento poderia ser diferente.

Quando pensou seriamente em trocar de roupa, escutou a campainha tocar.

Um frio tomou conta do seu corpo, não que estivesse nervosa, mas algo lhe dizia que eventos marcantes aconteceriam aquela noite, esperava que fosse no mínimo bom e sem nenhum arrependimento.

Passou um pouco de perfume, pegou a bolsa de mão e saiu do quarto, apressada. Abriu a porta o encontrando incrivelmente bem-arrumado e cheiroso, um charme ao qual ela não conseguia resistir, mesmo que quisesse, em suas mãos estava um buquê de rosas-vermelhas, quase idêntico ao outro, se não fosse pela caixinha preta de veludo, ao centro.

— Boa noite… — ela diz com a voz um pouco rouca devido ao grande tempo que ficou sem produzir som algum.

— Boa noite, Srta.! — respondeu em um tom calmo — Uau, você está linda.

Ruborizando de leve, Laura espantou aquela sensação estranha que se aterrava em seu estômago, Ethan lhe entregou um buquê, logo após depositar um rápido beijo em sua bochecha, que deveria estar bastante avermelhada.

Aquele homem estava começando a enlouquecê-la, poderiam nem mesmo ir ao jantar, ficar em seu apartamento satisfazendo os desejos sexuais dela já estava de bom tamanho.

Abriu a pequena caixa entre as flores, e encontrou uma pulseira, pela aparência era feita inteiramente de diamantes com prata, Ethan a pegou, prendendo no pulso de Laura, que apenas encarava o rosto sereno dele, queria beijar, saber como era ter um homem como ele a sua disposição.

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